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2016-06-11

Elogio da Loucura (p.17)

Erasmo de Roterdão
Stultitiae Laus (1509-1511)
(trad. Álvaro Ribeiro)


[VI]

"(...) julgam preclaro imiscuir no discurso latino algumas palavras gregas, compor um mosaico que nem sempre vem a propósito. À falta de palavras exóticas, vão buscar quatro ou cinco fórmulas arcaicas aos pergaminhos pútridos, ofuscando com trevas os olhos do leitor, para que assim os entendedores mais orgulhosamente se deleitem e para que os ignorantes tanto mais admirem quanto menos compreendam. Pois é bem certo que todos encontram prazer no que lhes é mais alheio e distante. A vaidade está nisso interessada; riem, aplaudem, movem as orelhas como o asno que quer desse modo mostrar que compreendeu: (...)"

2015-05-20

A Vida e Opiniões de Tristram Shandy (p.293)

Laurence Sterne
The Life and Opinions of Tristram Shandy, Gent. (1759-1761)
(trad. Manuel Portela)


"Detesto dissertações batidas,--e acima de todas as coisas no mundo, uma das coisas mais estúpidas que nelas se pode fazer é obscurecer-se o tema colocando uma série de palavras difíceis e opacas, umas atrás das outras, numa linha recta, entre as vossas ideias e as do leitor,--quando provavelmente, se tivésseis olhado em redor, poderíeis ter visto alguma coisa mesmo ali ao pé, ou pendurada, que teria tornado a questão clara imediatamente, (...)"

2015-03-07

Armandinho Zero (p.56)

Alexandre Beck
Armandinho Zero (2010/2014)

Uma questão de entendimento...

Blogue

blogue

blo.gue - [ˈblɔɡ(ə)]
nome masculino
INFORMÁTICA página de internet regularmente actualizada, que contém textos organizados de forma cronológica, com conteúdos diversos (diário pessoal, comentário e discussão sobre um dado tema, etc.) e que geralmente contém hiperligações para outras páginas

blogue in Dicionário da Língua Portuguesa sem Acordo Ortográfico [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2015. [consult. 2015-03-07 08:45:00]. Disponível na Internet: http://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa-aao/blogue

2015-03-04

Chat

chat

[ˈʃat]
nome masculino
ferramenta de comunicação, disponível online, utilizada para comunicar em tempo real

chat in Dicionário da Língua Portuguesa sem Acordo Ortográfico [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2015. [consult. 2015-03-04 08:45:00]. Disponível na Internet: http://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa-aao/chat

2015-01-23

Um, Ninguém e Cem Mil (p.38)

Luigi Pirandello
Uno, Nessuno e Centomila (1926)
(trad. Maria Jorge Vilar de Figueiredo)


"(...) Mas o problema é que você, meu caro, nunca saberá nem lhe eu lhe poderei nunca dizer como se traduz, em mim, aquilo que você me disse. Não falou turco, não. Eu e você usámos a mesma língua, as mesmas palavras. Mas que culpa temos nós de que as palavras, em si, sejam vazias? Vazias, meu caro. Ao dizê-las a mim, você preenche-as com o seu sentido; e eu, ao recebê-las, inevitavelmente preencho-as com o meu sentido. Pensámos que nos entendíamos; de facto, não nos entendemos."

2014-12-01

O Jogo das Contas de Vidro (p.237)

Hermann Hesse
Das Glasperlenspiel (1943)
(trad. Carlos Leite)


"(...) É certo que dois povos e duas línguas nunca comunicarão uma com a outra com tanta compreensão e intimidade como dois indivíduos que tenham em comum a nação e a língua. Mas isso não é motivo para renunciar a compreender e recusar o diálogo. Entre pessoas dum mesmo povo e duma mesma língua, existem também barreiras que impedem uma perfeita comunicação e uma plena compreensão mútuas: as barreiras da cultura, da educação, do talento, da individualidade. Pode-se afirmar que todo o homem pode exprimir em princípio as suas ideias a outro, qualquer que ele seja, e também que não há dois seres no mundo para os quais seja possível comunicar entre si e de se compreenderem verdadeiramente, totalmente, intimamente: as duas teses são ambas verdadeiras. (...)"

2014-11-07

Palmeiras Bravas | Rio Velho (p.241)

William Faulkner
Wild Palms * The Old Man (1939)
(trad. Jorge de Sena e Ana Maria Chaves)


"(...) como duas pessoas que não podiam falar uma com a outra tinham conseguido fazer um acordo que não só ambas compreendiam, mas que cada uma sabia que seria respeitado e defendido pela outra (talvez por isso mesmo) melhor do que qualquer contrato assinado, com testemunhas e tudo. (...)"