2015-12-20

Matéria Solar (p.37)

Eugénio de Andrade
Matéria Solar (1980)

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"É quando a chuva cai, é quando
olhado devagar que brilha o corpo.
Para dizê-lo a boca é muito pouco,
era preciso que também as mãos
vissem esse brilho e o dissessem
a quem passa na rua, e cantassem.
Todas as palavras falam desse lume,
sabem à pele dessa luz molhada."

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