Eugénio de Andrade Matéria Solar (1980)
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"Cala-te, a luz arde entre os lábios e o amor não contempla, sempre o amor procura, tacteia no escuro, esta perna é tua?, é teu este braço?, subo por ti de ramo em ramo, respiro rente à tua boca, abre-se a alma à língua, morreria agora se mo pedisses, dorme, nunca o amor foi fácil, nunca, também a terra morre." |
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