Ray Bradbury Fahrenheit 451 (1953) (trad. Casimiro da Piedade)
"(...) E lembrou-se de ter pensado então que, se ela morresse, não choraria: seria apenas a morte de alguém estranho, um rosto na multidão das ruas, um rosto vislumbrado num jornal. E aquilo pareceu-lhe tão errado que começou a chorar, não perante a possibilidade da morte dela mas perante o facto de não chorar por causa dessa morte, um homem vazio e tonto ali junto a uma mulher vazia e tonta, enquanto a cobra voraz a esvaziava ainda mais.
«Como é que alguém fica tão vazio?», perguntou-se. Quem nos esvazia desta forma? (...)" |
2022-04-17
Fahrenheit 451 (p.59)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário