Ray Bradbury Fahrenheit 451 (1953) (trad. Casimiro da Piedade)
"— Senhor Montag, está a olhar para um cobarde. Eu vi para onde as coisas se estavam a encaminhar, há muito tempo. E não disse nada. Sou um dos inocentes que podiam ter intervindo quando ninguém dava ouvidos aos 'culpados', mas não o fiz e, assim, tornei-me culpado também. E quando finalmente montaram a estrutura para queimarem os livros, usando os bombeiros, limitei-me a resmungar e deixei-me estar, porque, por essa altura, já não restava mais ninguém com quem pudesse resmungar ou gritar em conjunto. Agora é tarde de mais."
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2022-04-24
Fahrenheit 451 (p.98)
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