Jostein Gaarder Sofies Verden (1995) (trad. Catarina Belo)
"Faltavam poucas páginas: deveria dar uma olhadela à última? Não, isto não seria correcto. Mas não era só isso: Hilde não tinha a certeza de que já estivesse decidido o que sucederia na última página,
Não era uma ideia estranha? O dossier estava ali, e o pai não podia acrescentar mais nada. No máximo Alberto, se conseguisse. A surpresa... Mas Hilde haveria de tratar de algumas surpresas por si mesma. O major Knag não tinha controlo sobre ela. Mas teria ela controlo sobre si mesma? O que seria a consciência? Não seria um dos maiores mistérios do universo? O que é a memória? O que é que faz com que «recordemos» tudo o que vimos e vivemos? Que tipo de mecanismo nos faz criar sonhos fabulosos noite após noite? Enquanto reflectia sobre estas questões, Hilde fechava por vezes os olhos. Depois abria-os de novo e voltava a fixar o tecto. Por fim esqueceu-se de os abrir. Dormia." |
2016-05-15
O Mundo de Sofia (p.395)
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