Fernando Lopes-Graça Canções Regionais Portuguesas (1946-)
Hoje proponho as harmonizações de canções regionais portuguesas compostas por Fernando Lopes-Graça, que tantas vezes ouvi cantar pelo coro onde cantavam a minha mãe e os meus irmãos (mas eu não).
Aqui interpretadas pelo Coro da Academia de Amadores de Música sob a direcção de José Robert.
01: O milho da nossa terra;
02: Portas d'Elvas;
03: Ao passar do ribeirinho;
04: Ai ó ai meu bem;
05: Eu fui á terra do Bravo;
06: A Senhora do Desterro;
07: Milho grosso milho grosso;
08: Romance do Mirandum;
09: Dizes que sou lavadeira;
10: Já os passarinhos cantam;
11: S.João de Louredo de Guilhofrei;
12: Romance de D.Jorge;
13: Este nosso amo d'hoje;
14: Olha a laranja;
15: Se fores ao S.João;
16: Bendito Menino;
17: Viva o nosso patrão d'hoje;
18: Romance do soldadinho;
19: Senhora Sant'Ana;
20: Ó meu paninho;
21: Oh que calma vai caindo;
22: Maria da Conceição
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2014-10-31
Canções Regionais Portuguesas
Palmeiras Bravas | Rio Velho (p.206)
William Faulkner Wild Palms * The Old Man (1939) (trad. Jorge de Sena e Ana Maria Chaves)
"- Eu disse-te uma vez como cria que não é o amor que morre, é o homem e é a mulher, alguma coisa no homem e na mulher que morre, não merece mais a oportunidade de amar. Olha para nós agora. Temos um filho, ambos sabemos que não podemos tê-lo, que não nos é possível tê-lo. E doem muito, Harry. Muito. Eu vou agarrar-te à promessa, Harry. E assim, quando chegar o dia, nem sequer teremos de falar no caso, de tornar a pensar. Beija-me. - Passado um momento, ele inclinou-se para ela. E, não a tocando mais do que isso, beijou-a, como irmão e irmã se beijariam."
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2014-10-30
Palmeiras Bravas | Rio Velho (p.168)
William Faulkner Wild Palms * The Old Man (1939) (trad. Jorge de Sena e Ana Maria Chaves)
"(...) como um homem que se aproxima do abismo em que sabe que está condenado a despenhar-se, olhando para trás para o outro barco, para os três rostos sinistros, sarcásticos e sombrios, vendo-os diminuir rapidamente à medida que a água se alargava de permeio, até que, por fim apoplético, quase sufocado de raiva pelo ultraje que era, não terem-lhe dito que não, mas terem-lhe dito que não a tão pouco, a quem queria tão pouco, a quem tão pouco pedia e a quem, todavia, tinha sido exigido em troca o único preço que, tivesse ele podido pagá-lo (e eles deviam ter percebido isso mesmo), equivaleria a não estar ali onde estava, naquele momento, pedindo o que pedia, (...)"
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Gattaca - Banda Sonora
Michael Nyman Gattaca (1997)
A banda sonora de Michael Nyman para o filme de ficção científica Gattaca.
Não será uma das mais memoráveis das suas músicas para filmes, mas não deixa de ter o seu interesse encontrar nela alguns dos seus temas.
01: The Morrow;
02: God's Hands;
03: The One Moment;
04: Traces;
05: The Arrival;
06: Becoming Jerome;
07: Call Me Eugene;
08: A Borrowed Ladder;
09: Further And Further;
10: Not The Only One;
11: Second Morrow;
12: Impromptu For 12 Fingers;
13: The Crossing;
14: It Must Be The Light;
15: Only A Matter Of Time;
16: I Thought You Wanted To Dance;
17: Irene's Theme;
18: Yourself For The Day;
19: Up Stairs;
20: Now That You're Here;
21: The Truth;
22: The Other Side;
23: The Departure;
24: Irene & The Morrow
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Editado em 2017.06.06: substituída a lista C0ZvRBTz76o?list=PL9BobeB91oBGO2F_XVmkdGoSFlubP71q0 pelo vídeo mwsLDBsizwM
2014-10-29
The Unforgettable Fire
U2 The Unforgettable Fire (1984)
Esta é para o meu grande amigo-irmão.
Um álbum de um dos seus grupos favoritos, aqui na integra enriquecido com a inclusão dos lados "B" dos singles dele extraídos.
01: A Sort Of Homecoming;
02: Pride (In The Name Of Love);
Boomerang I*;
Boomerang II*;
03: Wire;
04: The Unforgettable Fire;
Love Comes Tumbling*;
The Three Sunrises*;
Bass Trap*;
Sixty Seconds In Kingdom Come*;
05: Promenade;
06: 4th Of July;
07: Bad;
08: Indian Summer Sky;
09: Elvis Presley And America;
10: MLK
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2014-10-28
O Pássaro de Fogo
Igor Stravinsky L'Oiseau de Feu (1910)
A obra de estreia de Igor Stravinsky, para o bailado da digressão de Paris dos Ballets Russes de Sergei Diaghilev, aqui interpretada pela Chicago Symphony Orchestra conduzida por Pierre Boulez.
01: The Firebird |
Palmeiras Bravas | Rio Velho (p.142)
William Faulkner Wild Palms * The Old Man (1939) (trad. Jorge de Sena e Ana Maria Chaves)
"(...) Falo de nós. Do amor, se quiser. Porque não pode durar. Não há lugar para ele no mundo de hoje, nem mesmo no Utah. Eliminámos o amor. Levou-nos muito tempo, mas o homem tem muitos recursos e a sua inventiva é ilimitada também, e assim a gente viu-se enfim livre do amor como nos vimos livres de Cristo. (...) Se jesus hoje voltasse, teríamos de crucificá-lo depressa em defesa própria, para justificarmos e preservarmos a civilização que desenvolvemos e sofremos e morremos, guinchando e praguejando de raiva e de impotência e de terror, em dois mil anos de a criarmos e aperfeiçoarmos à imagem do homem; (...)"
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2014-10-27
Dazzle Ships
Orchestral Manoeuvres in the Dark Dazzle Ships (1983)
De regresso aos Orchestral Manoeuvres in the Dark, com outro excelente disco.
Para além do álbum original completo, o alinhamento proposto inclui as faixas de bónus da reedição de 2008. Para ouvir e redescobrir.
01: Radio Prague;
02: Genetic Engineering;
03: ABC Auto-Industry;
04: Telegraph;
05: This Is Helena;
06: International;
07: Dazzle Ships (Parts II, III & VII);
08: The Romance of the Telescope;
09: Silent Running;
10: Radio Waves;
11: Time Zones;
12: Of All the Things We've Made;
Faixas Bónus na reedição de 2008:
13: Telegraph (The Manor Version 1981);
14: 4-Neu;
15: Genetic Engineering (312MM Version);
16: 66 and Fading;
17: Telegraph (Extended Version);
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Palmeiras Bravas | Rio Velho (p.140)
William Faulkner Wild Palms * The Old Man (1939) (trad. Jorge de Sena e Ana Maria Chaves)
"(...) Grande parte da coragem é uma sincera descrença na boa sorte. De outro modo não é coragem (...)"
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2014-10-26
Palmeiras Bravas | Rio Velho (p.139-140)
William Faulkner Wild Palms * The Old Man (1939) (trad. Jorge de Sena e Ana Maria Chaves)
"(...) Eu compreendi, há algum tempo, que a ociosidade gera as nossas virtudes, as nossas mais suportáveis virtudes: a contemplação, a equanimidade, a preguiça, o deixar os outros em paz; boa digestão mental e física: a sabedoria de concentrar a atenção nos prazeres da carne: comer e evacuar e fornicar e estar sentado ao sol; que não há nada melhor, nada que se compare, nada no mundo senão viver o breve tempo em que nos é emprestado o respirar, estar vivo e sabê-lo... oh, sim, ela ensinou-me isso; ela marcou-me para sempre... nada, nada. Mas só recentemente é que eu vi claramente, tirei a conclusão lógica, que o que nós chamamo primaciais virtudes: a economia, trabalho, «independência», isso é que gera todos so vícios: fanatismo, petulância, mexeriquice, medo, e pior que tudo, respeitabilidade. (...)"
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2014-10-25
Zé Inocêncio
Nuno Saraiva Zé Inocêncio - As Aventuras Extra Ordinárias dum Falo Barato (1993-94)
As desventuras desastradas de um galã falhado, que embora não conheça o sucesso não deixa por isso de continuar a tentar e a insistir no seu propósito carnal.
Piadas de uma página, algumas vezes em continuação, humor irreverente pelo traço de Nuno Saraiva, um dos mais interessantes autores da actual banda desenhada portuguesa. |
2014-10-24
Sisters Are Doin' It for Themselves
Eurythmics e Aretha Franklin single dos álbuns Be Yourself Tonight (1985) e Who's Zoomin' Who? (1985)
Esta é dedicada às mulheres da minha vida,
e a todas as mulheres em geral. Now there was a time when they used to say That behind every - "great man." There had to be a - "great woman." But in these times of change you know That it's no longer true. So we're comin' out of the kitchen 'Cause there's somethin' we forgot to say to you (we say) Sisters are doin' it for themselves. Standin' on their own two feet. And ringin' on their own bells. Sisters are doin' it for themselves. Now this is a song to celebrate The conscious liberation of the female state! Mothers - daughters and their daughters too. Woman to woman We're singin' with you. The "inferior sex" got a new exterior We got doctors, lawyers, politicians too. Everybody - take a look around. Can you see - can you see - can you see There's a woman right next to you. Sisters are doin' it for themselves. Standin' on their own two feet. And ringin' on their own bells. Sisters are doin' it for themselves. Now we ain't makin' stories And we ain't layin' plans 'Cause a man still loves a woman And a woman still loves a man (Just a same though)
04: / 05: Sisters Are Doin' It for Themselves
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2014-10-23
Suite para Violoncelo N.º 1 em Sol maior BWV 1007
Johann Sebastian Bach interpretado por Mstislav Rostropovich Suite para Violoncelo N.º 1 em Sol maior BWV 1007 (1717-23)
A primeira das seis suites para violoncelo compostas por Johann Sebastian Bach.
Não sei de qual delas gosto mais, tanto mais que costumo ouvi-las em conjunto, para além de serem para violoncelo de cujo som gosto bastante. Aqui fica a sugestão para música intemporal.
01: Prelude;
02: Allemande;
03: Courante;
04: Sarabande;
05: Minuets;
06: Gigue
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2014-10-22
Palmeiras Bravas | Rio Velho (p.101)
William Faulkner Wild Palms * The Old Man (1939) (trad. Jorge de Sena e Ana Maria Chaves)
"(...) Ouve, há-de tudo ser lua-de-mel, sempre. Até que um de nós morra, Não pode ser outra coisa. Ou céu, ou inferno; nada de purgatório pacífico, seguro e confortável, entre ambos, para tu e eu esperarmos, até que o bom comportamento ou a resistência ou a vergonha ou o arrependimento levem a melhor de nós.
- Não é portanto em mim que acreditas, confias; é no amor. - Ela olhou para ele. - Não exactamente em mim; em qualquer homem. - Sim. O amor. Dizem que o amor morre entre duas pessoas. É falso. Não morre. Deixa uma pessoa, vai-se embora, se a pessoa não é bastante boa, bastante digna. Não morre; a pessoa é que morre. É como o oceano; se não fores bom, se começares a cheirar mal dentro dele, ele cospe-te para morreres noutra parte. Morres na mesma, mas eu antes quero morrer no oceano do que ser cuspida para uma praia perdida e secar lá ao sol até tornar-me uma mistela fedorenta sem nome, só com Aqui jaz por epitáfio. (...)" |
Kraftwerk Rockpalast 1970
Kraftwerk Kraftwerk Rockpalast 1970
Ainda o primeiro trabalho dos Kraftwerk, aqui num dos primeiros concertos ao vivo, no Rockpalast, em Soest, Alemanha, no Inverno de 1970.
É engraçado ver as reacções do público, perplexidade e surpresa, e não me custa reconhecer as minhas reacções quando ouvi estas músicas pela primeira vez, com a diferença de que eu ja conhecia o que eles vieram a fazer posteriormente...
00: Intro;
01: Stratovarius;
02: Ruckzuck;
03: Heavy Metal Kids;
04: Improvisation 1
Kraftwerk: The Krautrock footage |
2014-10-21
Mister Heartbreak
Laurie Anderson Mister Heartbreak (1984)
Hoje apeteceu-me ouvir (e sugerir) as músicas de Laurie Anderson.
O seu segundo álbum, que conta com a colaboração de Peter Gabriel num dos temas, Excellent Birds, e a voz de William S. Burroughs a ler a letra da última música.
01: Sharkey's Day;
02: Langue d'Amour;
03: Gravity's Angel;
04: Kokoku;
05: Excellent Birds;
06: Blue Lagoon;
07: Sharkey's Night
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2014-10-20
Ricochet
Tangerine Dream Ricochet (1975)
Regresso às paisagens sonoras dos Tangerine Dream.
O seu quinto álbum ao vivo é a sugestão que aqui deixo.
01: Ricochet, Part One;
02: Ricochet, Part Two
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Palmeiras Bravas | Rio Velho (p.70)
William Faulkner Wild Palms * The Old Man (1939) (trad. Jorge de Sena e Ana Maria Chaves)
"(...) eu fiquei a saber o que lera nos livros mas nunca acreditara efectivamente: que o amor e o sofrimento são a mesma coisa e que o valor do amor é a soma do que é preciso pagar por ele, e que sempre que ele sai barato foi a nós mesmos nos enganámos. (...)"
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2014-10-19
Palmeiras Bravas | Rio Velho (p.66-67)
William Faulkner Wild Palms * The Old Man (1939) (trad. Jorge de Sena e Ana Maria Chaves)
"(...) ´(ou má-sorte, já que, de outro modo, poderia ter descoberto que o amor não existe, mais do que a luz do Sol, apenas num lugar e num momento e num corpo, para toda a terra e os tempos todos e toda a plenitude respirada) (...)"
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2014-10-18
Palmeiras Bravas | Rio velho (p.41)
William Faulkner Wild Palms * The Old Man (1939) (trad. Jorge de Sena e Ana Maria Chaves)
"O outro hesitou por um instante; isto familiar também ao médico que já antes vira e supusera conhecer-lhe a origem: o inenarrável e inato instinto da humanidade para tentar esconder algo da verdade mesmo do médico ou do advogado, cujas perícia e saber estão pagando. (...)"
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2014-10-17
Don't Give Up
Peter Gabriel e Kate Bush single do álbum So (1986)
Esta vai sem comentários:
In this proud land we grew up strong We were wanted all along I was taught to fight, taught to win I never thought I could fail No fight left or so it seems I am a man whose dreams have all deserted I've changed my face, I've changed my name But no one wants you when you lose Don't give up 'Cause you have friends Don't give up You're not beaten yet Don't give up I know you can make it good Though I saw it all around Never thought I could be affected Thought that we'd be the last to go It is so strange the way things turn Drove the night toward my home The place that I was born, on the lakeside As daylight broke, I saw the earth The trees had burned down to the ground Don't give up You still have us Don't give up We don't need much of anything Don't give up 'Cause somewhere there's a place Where we belong Rest your head You worry too much It's going to be alright When times get rough You can fall back on us Don't give up Please don't give up Got to walk out of here I can't take anymore Going to stand on that bridge Keep my eyes down below Whatever may come And whatever may go That river's flowing That river's flowing Moved on to another town Tried hard to settle down For every job, so many men So many men no-one needs Don't give up 'cause you have friends Don't give up You're not the only one Don't give up No reason to be ashamed Don't give up You still have us Don't give up now We're proud of who you are Don't give up You know it's never been easy Don't give up 'Cause I believe there's the a place There's a place where we belong
03: Don't Give Up
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Prosa Completa (p.383)
Woody Allen Side Effects (1975) (trad. Jorge Leitão Ramos)
"(...) A minha coragem, reforçada pelo sumo de parreira, aconselhava-me a construir os alicerces de uma felicidade futura, de modo que, quando conseguisse sugerir o quarto de dormir num encontro posterior, isso não parecesse uma surpresa total, rompendo tragicamente laços platónicos. No entanto, tímido, angustiado, culpado e vítima inata que sou, essa noite era a grande noite da minha vida. Connie Chasen e eu estávamos fadados um para o outro, sem contradição possível, e menos de uma hora mais tarde debatíamo-nos atleticamente entre lençóis de linho fino, executando, com uma paixão devoradora, a absurda coreografia do amor humano. No que me diz respeito, foi a noite mais capaz e mais erótica que jamais tive, e enquanto ela se abandonava nos meus braços, satisfeita e distendida, perguntava-me como é que o destino me faria pagar essa felicidade. (...)"
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2014-10-16
Mixtape Never Told A Soul
E aqui está a décima mixtape do meu irmão mais velho.
Outra selecção de boas músicas dos anos oitenta para ouvir com tempo e atenção. E deixo ainda as ligações para as anteriores mixtapes: Mixtape A Day In The Life Mixtape Os Limites do Mar Mixtape Play To The World Mixtape High Hopes Mixtape Just A Normal Day Mixtape I'm Not In Love Mixtape Watching And Waiting Mixtape It's Only Goodbye Mixtape The End Of The Endless Majority
01: Two Suns In The Sunset (Pink Floyd, 1983, The Final Cut);
02: Out Of The Blue (David Gilmour, 1984, About Face);
03: It's Cold Outside Of Your Heart (The Moody Blues, 1983, The Present);
04: Only Because Of You (Roger Hodgson, 1984, In the Eye of the Storm);
05: Love Over Gold (Dire Straits, 1984, Alchemy);
06: Taking It All Too Hard (Genesis, 1983, Genesis);
07: Voices (Zee, 1984, Identity);
08: Waiting For The Right Time (Barclay James Harvest, 1983, Ring of Changes);
09: Never Told A Soul (John Illsley, 1984, Never Told A Soul);
10: Thru' With The Two Step (Robert Plant, 1983, The Principle of Moments);
11: Pretty Girl (Eric Clapton, 1983, Money and Cigarettes);
12: Empty Rooms (Gary Moore, 1983, Victims of the Future);
13: You And Me (UFO, 1983, Making Contact);
14: Camera (R.E.M., 1984, Reckoning);
15: '40' (U2, 1983, War);
16: Since The Last Goodbye (The Alan Parsons Project, 1984, Ammonia Avenue)
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Prosa Completa (p.362)
Woody Allen Side Effects (1975) (trad. Jorge Leitão Ramos)
"Lenny Mendel, que nunca tinha visto criatura mais sedutora, ficou apaixonado. Tão simples como isso. Ele olhou-a, boquiaberto, com a expressão admirativa do homem que acaba de poisar enfim os olhos sobre a mulher dos seus sonhos. O coração de Mendel começou literalmente a saltar entre as costelas, enquanto era possuído de um sentimento novo. Meu Deus, pensou, é como nos filmes. (...)"
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2014-10-15
Twins
In The Nursery Twins (1986)
O primeiro álbum dos In The Nursery.
Ainda não é o som que me conquistou o gosto, mas tem passagens bastante interessantes, e a força que os caracteriza. (O vídeo prolonga-se até aos 73', mas a música acaba perto dos 49')
01: Timbre;
02: Twins;
03: Workcorps;
04: Profile 63;
05: Huntdown;
06: The Outsider;
07: Judgement of Paris;
08: Joaquin;
09: +;
10: Intertwine
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Prosa Completa (p.321)
Woody Allen Side Effects (1975) (trad. Jorge Leitão Ramos)
"Mais do que em qualquer outra época, a humanidade enfrenta uma encruzilhada. Um dos caminhos conduz ao desespero e ao completo desânimo. O outro, à extinção total. Peçamos a Deus que tenhamos a sabedoria de escolher correctamente. (...)"
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2014-10-14
Walking Into Mirrors
Johnny Warman do álbum Walking Into Mirrors (1981)
No outro dia vinha a ouvir estas músicas no carro e lembrei-me que seria uma boa sugestão musical para aqui colocar.
Não consegui reunir todas as músicas do álbum, mas fica o lado A do LP completo, com alguns dos vídeos originais. Podemos reconhecer a voz de Peter Gabriel nas vozes de fundo da música Screaming Jets.
01: Walking Into Mirrors;
02: Radio Active;
03: Searchlights;
04: Martian Summer;
05: Screaming Jets
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Prosa Completa (p.295)
Woody Allen Side Effects (1975) (trad. Jorge Leitão Ramos)
"É interessante notar que, segundo os astrónomos modernos, o espaço é finito. Conceito muito reconfortante, particularmente para os que nunca se lembram onde põem as coisas. Quando estudamos o Universo, porém, o elemento fulcral a ter em conta é a sua expansão e o facto de, um destes dias, explodir e desaparecer. É por isso que, se a rapariga que está lá em baixo tiver certas qualidades, mas não todas as requeridas, o melhor é estabelecer um compromisso de meio-termo."
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2014-10-13
Tubular Bells
Mike Oldfield Tubular Bells (1973)
O álbum de estreia de Mike Oldfield é a sugestão para hoje.
Um álbum que já se tornou um clássico, que se volta a ouvir sempre com renovado prazer.
01: Tubular Bells, Part One;
02: Tubular Bells, Part Two
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Editado em 2017.07.06: substituído o vídeo hcVpbsDyOhM pelo jSW5Y192a5I
e em 2017.12.06: substituído o vídeo jSW5Y192a5I pelo TXvtDm820zI
e em 2017.12.06: substituído o vídeo jSW5Y192a5I pelo TXvtDm820zI
Prosa Completa (p.286)
Woody Allen Side Effects (1975) (trad. Jorge Leitão Ramos)
"(...) Queria fugir e esconder-se, ou, melhor ainda, tornar-se em algo sólido e duradouro - uma cadeira de braços, por exemplo. Uma cadeira não tem problemas, pensava. Está ali; ninguém a chateia. Não tem de pagar renda de casa nem de se envolver politicamente. Uma cadeira nunca torce um dedo nem se esquece onde pôs o gorro. Não tem de sorrir nem de cortar o cabelo, e nunca temos de nos preocupar com o facto de, numa festa aonde a levamos, ela desatar a tossir ou fazer cenas. Tudo o que as pessoas fazem com uma cadeira é sentarem-se nela, e quando essas pessoas morrem outros vêm sentar-se. (...)"
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2014-10-12
Prosa Completa (p.282)
Woody Allen Side Effects (1975) (trad. Jorge Leitão Ramos)
"(...) Parecia que o mundo estava dividido entre bons e maus. Os bons dormiam melhor, pensava Cloquet, enquanto os maus pareciam gozar muito melhor as horas em que estavam acordados."
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2014-10-11
Prosa Completa (p.265)
Woody Allen Getting Even (1966) (trad. Jorge Leitão Ramos)
"«Hum, hum.» Ela era então uma panteísta. Anotei mentalmente este facto e disse-lhe que ia tentar resolver o caso, por cem dólares por dia, despesas pagas e um encontro para jantar. Descemos juntos no elevador. Cá fora começava a escurecer. Talvez Deus existisse, talvez não, mas algures naquela cidade havia por certo uma data de gajos que iam tentar impedir-me de O encontrar."
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2014-10-10
Canção do Mar
Dulce Pontes do álbum Lágrimas (1993)
Esta é para o meu pai.
Uma música portuguesa interpretada por uma voz feminina que muito lhe agradou, pela clareza das palavras, como ele referia.
01: Canção do Mar
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2014-10-09
Faith in Others
Opeth do álbum Pale Communion (2014)
Hoje tenho mais uma sugestão do meu irmão mais novo para (eu) conhecer coisas novas.
Um grupo sueco de death metal... aparentemente convertido a sons menos metálicos.
08: Faith in Others
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2014-10-08
The Whole of the Moon
The Waterboys single do álbum This Is the Sea (1985)
A Lua Cheia está de volta,
(muito embora as nuvens talvez não permitam vê-la mas ela está lá) e mais uma música aqui lhe é dedicada, incluindo um excerto da letra, para melhor ser apreciada... I spoke about wings You just flew I wondered, I guessed and I tried You just knew I sighed But you swooned I saw the crescent You saw the whole of the moon The whole of the moon With a torch in your pocket And the wind at your heels You climbed on the ladder And you know how it feels To get too high Too far Too soon You saw the whole of the moon The whole of the moon...
02: The Whole of the Moon
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2014-10-07
Prosa Completa (p.185)
Woody Allen Getting Even (1966) (trad. Jorge Leitão Ramos)
"Podemos, actualmente «conhecer» o universo? Meu Deus, já é tão difícil a gente orientar-se em Chinatown. (...)"
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Kraftwerk
Kraftwerk Kraftwerk (1970)
No princípio foi assim, o primeiro álbum dos Kraftwerk, na altura um grupo de Krautrock.
Proponho a audição do álbum completo e a visualização dos excertos com os Kraftwerk do documentário da BBC Four, "Krautrock: The Rebirth of Germany", exibido originalmente a 23 de Outubro de 2009.
01: Ruckzuck;
02: Stratovarius;
03: Megaherz;
04: Vom Himmel Hoch
Kraftwerk: The Krautrock footage |
2014-10-06
Prosa Completa (p.146)
Woody Allen Without Feathers (1972) (trad. Salvato Teles de Meneses)
"(...) «Olhem para mim», pensava. «Cinquenta anos. Meio século. No próximo ano terei cinquenta e um. Depois cinquenta e dois.» Seguindo o mesmo raciocínio, conseguiu calcular a idade nos cinco anos seguintes. (...)"
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The Mission - Banda Sonora
Ennio Morricone The Mission (1986)
Outra banda sonora composta por Ennio Morricone é a proposta para o princípio da semana.
01: On Earth As It Is In Heaven;
02: Falls;
03: Gabriel's Oboe;
04: Ave Maria Guarani
05: Brothers;
06: Carlotta;
07: Vita Nostra;
08: Climb;
09: Remorse;
10: Penance;
11: The Mission;
12: River;
13: Gabriel's Oboe;
14: Te Deum Guarani;
15: Refusal;
16: Asuncion;
17: Alone;
18: Guarani;
19: The Sword;
20: Miserere
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2014-10-05
Jeannette Pointu: Le Fils de l'Inca
Wasterlain Le Fils de l'Inca (1983)
Ainda as férias de Verão.
E outra história desta série de banda desenhada que li no telemóvel... Já aqui falei das particularidades técnicas que é ler banda desenhada nesse pequeno ecrã, por isso não vou voltar a esse aspecto. Gostei desta aventura que se desenvolve em torno da descoberta de uma improvável múmia inca num país onde não era suposto existir, e perturbada pelas guerrilhas pelo poder das várias forças militares desse país sul-americano... E mais uma vez pontuada com retratos e críticas mais reais num ambiente (pouco) fictício: "L'avocat - Écoutez, je ne devrais pas vous dire ça, mais la situation politique est malsaine! On arrête beaucoup de gens et certains disparaissent, vous comprenez? Jeannette - Disparaissent!... L'avocat - Oui, je veux dire qu'on ne les retrouve pas! Administrativement, il n'y a pas de traces de leur arrestation et ils restent ainsi em prison sans jamais être jugés! C'est peut-être la cas de votre ami! Jeannette - Je dois aider Luiz à sortir de lá!" Mas gostei particularmente da sensação de revisitar outras histórias desenhadas passadas nesses cenários, como as aventuras de Tintin no Templo do Sol, ou as de Spirou vividas na Palômbia. |
E foi com esta leitura que passei parte da manhã daquele domingo, do fim-de-semana destinado à concretização da oferta da prenda de aniversário da mãe, que ocorreu na véspera.
Em complemento a esta, tinha pensado num passeio por Lisboa, em transportes públicos, a pensar principalmente no eléctrico, para levar a mãe a revisitar alguns dos seus locais de eleição. E levar as filhas também... bem, a mais velha disse logo que não queria ir... E assim, depois do almoço lá fomos até Algés, para aí apanhar o eléctrico 15 até à baixa. A ideia era comprar daqueles bilhetes de um dia, mas as bilheteiras estavam encerradas e tivemos de comprar o bilhete ao guarda-freios, o que ficou mais carote... Fiquei à janela, com a minha pequena ao colo e a minha mãe ao lado, num dos eléctricos antigos. Apanhá-lo em Algés foi uma boa opção, pois logo três ou quatro paragens adiante começou a encher-se de turistas, e fazer a viagem em pé aos solavancos não teria sido a mesma coisa... Quando passámos pelos Jerónimos, indiquei à minha filhota onde era o "museu das múmias" que iríamos visitar daí a dias, e ela disse que queria ir já... Disse-lhe que não, que este dia era para passear por Lisboa, que tinha de esperar mais um ou dois dias... Fosse por isso, ou por o eléctrico ir muito cheio, ela começou a dizer que queria ir para casa... Para a acalmar, anteciparam-se algumas bolachas destinadas ao lanche... Chegados à primeira etapa, a Praça da Figueira e o Rossio, fomos à procura de um local onde pudéssemos comprar os tais bilhetes diários que, após algumas deambulações, me lembrei que podiam ser adquiridos na estação de Metro, numa daquelas simpáticas máquinas.... Seguimos para a Rua Augusta, onde a pequena logo se animou a correr atrás dos pombos (será genético? eheheh). E depois foi o homem-estátua. Mais à frente foi o espectáculo de duas bailarinas a interpretarem a dança do ventre, onde parámos para assistir. A pequenota já dizia que quando fosse bailarina também podia fazer aquilo para ganhar muito dinheiro ;-) Continuámos até à Rua da Conceição, para aí apanharmos o eléctrico 28, tarefa que se revelou mais difícil que o previsto... (Cabe aqui um parênteses para justificar que escolhi o domingo para passear nos transportes públicos porque pensei que seria um dia em que estariam desafogados... não me lembrei dos turistas, num domingo de Verão em Agosto... havia-os por todo o lado!) Tivemos de deixar passar dois ou três eléctricos, que iam a abarrotar!, mas a longa espera valeu a pena, porque aquele que apanhámos ia vazio e pudemos ir sentados à janela... novamente! E é um percusro que vale a pena apreciar à janela: Largo das Belas Artes, Chiado, Camões, Calhariz, S. Bento e Estrela, que foi onde saímos. O Jardim da Estrela era o nosso objectivo principal - o jardim onde os meus pais por vezes namoravam... Sentámos-nos num banco a lanchar (o que sobrava do que levámos), a pequenita a correr atrás dos pombos, patos e outros pássaros. Fomos até ao quiosque/café do Jardim para comer mais qualquer coisa, onde a minha filhota logo meteu conversa com a rapariga que estava a limpar os talheres... Depois, um bocadinho passado em cada um dos parques infantis que por lá há, enquanto víamos o jardim cheio de pessoas e ouvíamos música ao vivo... estava a decorrer um pequeno festival de jazz no coreto! Mas eram horas de começar o percurso de regresso, e não pudemos ficar mais tempo. Voltámos à paragem do eléctrico, mas apareceu primeiro um mini-autocarro para o Largo do Rato e, já que estávamos numa de experimentar os vários transportes, entrámos. Foi engraçado porque ía depressa por ruas com curvas e altos e baixos, e eu e a minha mais nova íamos a tirar umas selfies (também eu!)... E a minha mãe também gostou porque deu a volta pelas ruas da sua juventude, que ela foi identificando, apesar das alterações dos muitos anos que passaram. Depois enfiámo-nos no Metro para voltar a enfrentar uma das sinistras máquinas de admissão, que deixaram passar as minhas companheiras e me prenderam a mim do lado de cá... Passa que passa o bilhete e nada... Lá passou um casal de turistas (que já devia ter passado pelo mesmo) e nos ensinou a ultrapassar o obstáculo, voltando para trás e deixando-me passar em simultâneo com ele... Mudámos de linha na Rotunda e saímos nos Restauradores. Atravessámos o Rossio e fomos para a paragem do eléctrico na Praça da Figueira. Tudo a tempo de chegar a casa à hora do jantar. Sim, se o eléctrico tivesse aparecido logo... Bem, passaram vários, mas ora eram para o Castelo, ora eram para Belém, ou não iam além de Santo Amaro. Para Algés, nada... Se a mais velha tivesse vindo connosco, teríamos ido jantar por ali, e voltávamos para casa depois, mas assim, tivemos de nos aguentar... A boa disposição e a paciência, quer a minha, quer a da mais nova, sofreram um pouco com a demora, mas o (des)esperado eléctrico lá apareceu, finalmente, ao fim de cerca de uma hora de espera... E, como não podia deixar de ser, apareceram dois! Claro que fomos para o da frente, que isto de eléctricos não passam uns à frente dos outros... É o não passam! Íamos nós a chegar aos Jerónimos, o nosso desvia para a entrada do Jardim do Ultramar, e o que vinha atrás segue viagem!!!... Chegados a Algés, pegamos no carro, fomos a casa buscar a mais velha e fomos jantar ao centro comercial. E assim se completou o dia destinado a passear em Lisboa, nos transportes públicos... |
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