Havia já mais de um mês que uma prenda prometida estava por se cumprir, a aguardar oportunidade para se realizar.
Todos os anos é o mesmo: o que oferecer a alguém que está sempre a dizer para não lhe oferecerem nada, que não quer que gastem dinheiro com ela? O ano passado, a minha irmã lembrou-se de uma viagem de barco no rio Douro, que ela acompanharia, e foi um sucesso. Veio de lá a dizer que daí em diante lhe oferecessem só viagens e passeios... Este ano foi o meu irmão mais velho que apanhou um comentário: - olha, eu gostava de fazer aquela viagem! - que se soltou quando assistiam a uma reportagem na televisão. Estava encontrada, entre todos concordámos que uma viagem de helicóptero sobre Lisboa seria a prenda para a nossa mãe, este ano, desse lá por onde desse. O meu irmão mais novo procurou a empresa que fazia aqueles vôos, perguntou preços e opções. Eu ainda procurei saber o preço de uma viagem personalizada sobre os bairros de eleição - leia-se da juventude ali vivida - da nossa mãe, mas por limitações impostas pelos controladores aéreos, a escolha teria de se limitar às opções existentes. A escolha recaiu sobre o passeio ao longo da margem do Tejo, de Algés até Santa Apolónia. E o preço incluía três passageiros. Faltava decidir a data, e o aniversário passou com a promessa de realizar a viagem assim que fosse possível. Com o gozo das férias perto de Lisboa, ficou programado que a concretização da oferta se realizaria por esses dias. Decidimos que seria o meu irmão mais novo (e por isso foi ele que fez a reserva para um dia que lhe conviesse mais) e a minha filha mais velha a acompanhar a avó, já que o meu irmão mais velho disse que já tinha tido a sua conta de vôos (na tropa) e a nossa irmã estava longe e eu ficaria com a filhota mais nova. E o vôo ficou reservado para o sábado de manhã. E estava um dia óptimo, com pouco calor, céu limpo, e excelente visibilidade. Chegámos lá, preencheram o manifesto de vôo e lá foram eles... (Para poder tirar umas fotos com o telemóvel que tinha ficado bloqueado na véspera, lembrei-me de tirar o cartão SIM, e assim resolvi, parcialmente, o problema...) O telemóvel da minha mãe ficou comigo e recebi uma chamada da tia N., que atendi dizendo - A minha mãe não pode atender porque está a andar de helicóptero! - A minha tia riu, conversou comigo um bocado e depois disse - Então, podes passar à tua mãe? O passeio aéreo não demorou muito, e depressa estavam de volta. A minha filha saiu primeiro, veio ter comigo e dizia - Pai, vamos comprar outra viagem que eu quero ir outra vez! - , e a minha mãe, entusiasmada - Foi maravilhoso! Muito obrigado meus filhos! Este entusiasmo foi sublinhado nos telefonemas que fez de seguida... A tarde foi passada no Parque das Nações, com a companhia acrescida do irmão mais velho, que veio ter connosco, e da minha sobrinha que o meu irmão mais novo trouxe depois do almoço. (De novo com o telemóvel operacional, depois de passar por uma loja da operadora de telecomunicações no centro comercial, por sugestão da minha mana, que a mim nem me passou pela cabeça tal ideia...) Primeiro foi o delírio das miúdas com os vulcões d'água e as ondas nos canais. Depois a diversão continuou no Pavilhão do Conhecimento, com as experiências interactivas e a Casa inacabada, ou a passagem pela exposição A Física no dia-a-dia e pela oficina aumentada. Da mais velha às mais novas, reinou a boa disposição, tanta que o difícil foi convencê-las a sair quando chegou a hora do fecho. E, depois, fomos todos juntos jantar a casa. Aqui ficam algumas fotografias (poucas) dos sítios por onde passámos... Clicar em cima das fotos para ver em maior. |
2014-10-02
A Prenda
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