Angelo Badalamenti Twin Peaks Music: Season Two Music and More (1990-1992, 2007)
Acabei de ver a segunda temporada da série Twin Peaks, companhia nas minhas refeições sem as minhas filhas.
Uma série que, estes anos depois, continua impar, sob a batuta ou simplesmente sob a influência de David Lynch, que também aparece em alguns episódios. Depois dela, as séries de televisão não voltaram a ser a mesma coisa. Para partilhar fica aqui a banda sonora desta segunda temporada.
01: Love Theme Intro;
02: Shelly;
03: New Shoes;
04: High School Swing;
05: Hayward Boogie (interpretada por Alicia Witt);
06: Blue Frank;
07: Audrey's Prayer;
08: I'm Hurt Bad;
09: Cop Beat;
10: Harold's Theme;
11: Barber Shop;
12: Night Bells;
13: Just You (vozes de James Marshall, Sheryl Lee e Lara Flynn Boyle);
14: Drug Deal Blues;
15: Audrey;
16: Josie and Truman;
17: Hook Rug Dance;
18: Packard's Vibration;
19: Half Heart;
20: Laura's Dark Boogie;
21: Dark Mood Woods/The Red Room;
22: Love Theme Farewell
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2014-07-31
Twin Peaks Music: Season Two Music and More
A Montanha Mágica (p.28)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"(...) os olhares silenciosos e contemplativos da criança faziam pouco mais ou menos as mesmas observações, observações mudas, despidas de crítica, porém cheias de vida, e que mais tarde, como reminiscência consciente, conservavam o seu carácter de irrestrita aprovação, hostil a qualquer análise verbal. Como já dissemos, havia nisso um quê de simpatia, aquele laço íntimo, aquela afinidade de almas que não raras vezes salta uma geração. Os filhos e os netos olham para admirar, e admiram na intenção de aprender e aperfeiçoar, o que se acha preparado na sua massa hereditária." |
2014-07-30
A Zed & Two Noughts - Banda Sonora
Michael Nyman A Zed & Two Noughts (1985)
Talvez a primeira (ou a segunda) vez que tomei contacto com a música de Michael Nyman, enquanto via o filme de Peter Greenaway, num ciclo que estava a passar na televisão, na RTP2, há uns valentes anos atrás.
01: Angelfish Decay;
02: Car Crash;
03: Time Lapse;
04: Prawn Watching;
05: Bisocosis Populi;
06: Swan Rot;
07: Delft Waltz;
08: Up for Crabs;
09: Vermeer's Wife;
10: Venus de Milo;
11: Lady in the Red Hat;
12: L'Escargot
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Editado em 2018.04.05: substituída a lista PL8725736905C89E87 pelo vídeo -423KeQCF0Q
Editado em 2020.10.18: substituído o video -423KeQCF0Q pela lista OLAK5uy_kBoukuGi2e2fvNwX-dybrIey0B98qLW7s
Editado em 2020.10.18: substituído o video -423KeQCF0Q pela lista OLAK5uy_kBoukuGi2e2fvNwX-dybrIey0B98qLW7s
A Montanha Mágica (p.8)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"Tal qual o tempo, o espaço gera o olvido; fá-lo porém, desligando a pessoa humana das suas contingências e pondo-a num estado livre, primitivo; chega até mesmo a transformar, num só golpe, um pedante ou um burguesote numa espécie de vagabundo. Dizem que o tempo é como o rio Lete; mas também o ar de paragens longínquas representa uma poção semelhante, e o seu efeito, posto que menos radical, não deixa de ser mais rápido." |
2014-07-29
Magical Mystery Tour
The Beatles Magical Mystery Tour (soundtrack) (1967)
Hoje comecei o dia a ouvir esta música, uma compilação que serviu de banda sonora ao filme com o mesmo nome...
01: Magical Mystery Tour;
02: The Fool on the Hill;
03: Flying;
04: Blue Jay Way;
05: Your Mother Should Know;
06: I Am the Walrus;
07: Hello, Goodbye;
08: Strawberry Fields Forever;
09: Penny Lane;
10: Baby, You're a Rich Man;
11: All You Need Is Love
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As Intermitências da Morte (p.214)
José Saramago As Intermitências da Morte (2005)
"(...) ficarei contigo, e ofereceu-lhe a boca. Entraram no quarto, despiram-se e o que estava escrito que aconteceria, aconteceu enfim, e outra vez, e outra ainda. Ele adormeceu, ela não. Então ela, a morte, levantou-se, (...) fazia arder a carta da morte, essa que só a morte podia destruir. Não ficaram cinzas. A morte voltou para a cama, abraçou-se ao homem e, sem compreender o que lhe estava a suceder, ela que nunca dormia, sentiu que o sono lhe fazia descair suavemente as pálpebras. No dia seguinte ninguém morreu."
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2014-07-28
The Fellowship of the Ring - Banda Sonora
Howard Shore The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring (soundtrack) (2001)
Mais uma banda sonora intimamente ligada ao filme que lhe deu razão de ser.
Comecei por gostar do livro, que me tinha sido vivamente recomentado pelo meu melhor amigo. Gostei muito do filme e da sua banda sonora, que hoje sugiro. E esse(s) gosto(s) já passou para a filha mais velha...
01: The Prophecy;
02: Concerning Hobbits;
03: The Shadow of the Past;
04: The Treason of Isengard;
05: The Black Rider;
06: At the Sign of the Prancing Pony;
07: A Knife in the Dark;
08: Flight to the Ford;
09: Many Meetings;
10: The Council of Elrond (composta e interpretada por Enya);
11: The Ring Goes South;
12: A Journey in the Dark;
13: The Bridge of Khazad-dûm;
14: Lothlórien (interpretada por Elizabeth Fraser);
15: The Great River;
16: Amon Hen;
17: The Breaking of the Fellowship (interpretada por Edward Ross);
18: May It Be (composta e interpretada por Enya)
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As Intermitências da Morte (p.209)
José Saramago As Intermitências da Morte (2005)
"(...) Pensando bem, não tenho ideia nenhuma de quem és, mas isso não conta, o que importa é que gostemos um do outro. A amargura do violoncelista foi diminuindo a pouco e pouco, em verdade o mundo está mais que farto de episódios como este, ele esperou e ela faltou, ela esperou e ele não veio, no fundo, e aqui para nós, cépticos e descrentes que somos, antes isso que uma perna partida. Era fácil dizê-lo, mas bem melhor seria tê-lo calado, porque as palavras têm muitas vezes efeitos contrários aos que se haviam proposto, tanto assim que não é raro que estes homens ou aquelas mulhers jurem e preguejem, Detesto-a, Detesto-o, e logo rebentem em lágrimas depois da palavra dita. (...)"
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2014-07-27
Oh, Miúdas!
Emmanuel Lepage e Sophie Michel Oh Les Filles! (2008-2009) (trad. Maria José Magalhães Pereira)
Presente de aniversário do meu amigo-irmão, escolhido por mim, uma história de crescimento e aprendizagem de três miúdas, que vale mais pelos desenhos e como por eles é contada, que pela originalidade do argumento.
"Leila: Vocês têm sorte. Eu não consigo nada. Acham que sou normal? Tenho a sensação de que sou a única que nunca teve namorado! Chloé: Acho fantástico ter um namorado. Quando vou ter com ele, tenho a sensação de flutuar ou, não sei, de sentir melhor, de ver melhor... É agradável. Mas não é por ainda não ter acontecido contigo que não és normal. Agnès: Ora, isso não é assim tão interessante. Fiquei durante muito tempo contente quando um tipo se interessava por mim, quando via que lhe agradava... Agora, não sei. Acho que entre raparigas estamos melhor e que partilhamos mais coisas." |
Temas:
2008,
2009,
Banda Desenhada,
Emmanuel Lepage,
Livro,
relações,
Sophie Michel
As Intermitências da Morte (p.208-209)
José Saramago As Intermitências da Morte (2005)
"(...) Aprende, pensava, aprende de uma vez, pedaço de estúpido, portaste-te como um perfeito imbecil, puseste os significados que desejavas em palavras que afinal de contas tinham outros sentidos, e mesmo esses não os conheces nem conhecerás, acreditaste em sorrisos que não passavam de meras e deliberadas contracções musculares, esqueceste-te de que levas quinhentos anos às costas apesar de caridosamente to haverem recordado, e agora eis-te aí, como um trapo, deitado na cama onde esperavas recebê-la, enquanto ela se está rindo da triste figura que fizeste e da tua incurável parvoíce. (...)"
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2014-07-26
As Intermitências da Morte (p.208)
José Saramago As Intermitências da Morte (2005)
"(...) as esperanças têm esse fado que cumprir, nascer umas das outras, por isso é que, apesar de tantas decepções, ainda não se acabaram no mundo, (...)"
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2014-07-25
Architecture & Morality
Orchestral Manoeuvres in the Dark Architecture & Morality (1981)
Aqui volto aos Orchestral Manoeuvres in the Dark, com um dos seus melhores discos.
Mais que destacar algumas músicas como Souvenir ou Joan of Arc, há que ouvir todas, do princípio ao fim...
01: The New Stone Age;
02: She's Leaving;
03: Souvenir;
04: Sealand;
05: Joan of Arc;
06: Joan of Arc (Maid of Orleans);
07: Architecture and Morality;
08: Georgia;
09: The Beginning and the End
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As Intermitências da Morte (p.205)
José Saramago As Intermitências da Morte (2005)
"(...) Não entendo nada, falar consigo é o mesmo que ter caído num labirinto sem portas, Ora aí está uma excelente definição da vida, Você não é a vida, Sou muito menos complicada que ela, Alguém escreveu que cada um de nós é por enquanto a vida, Sim, por enquanto, só por enquanto, (...)"
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2014-07-24
Twin Peaks - Banda Sonora
Angelo Badalamenti Soundtrack from Twin Peaks (1990)
Há uns meses (muitos) revi a primeira temporada da série Twin Peaks, desse realizador singular que é David Lynch.
Agora estou a (re)ver a segunda temporada, que comprei recentemente, e lembrei-me de partilhar a banda sonora de Angelo Badalamenti, que tanto contribui para o ambiente especial da história.
01: Twin Peaks Theme;
02: Laura Palmer's Theme;
03: Audrey's Dance;
04: The Nightingale (voz de Julee Cruise);
05: Freshly Squeezed;
06: The Bookhouse Boys;
07: Into the Night (voz de Julee Cruise);
08: Night Life in Twin Peaks;
09: Dance of the Dream Man;
10: Love Theme from Twin Peaks;
11: Falling (voz de Julee Cruise)
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Editado em 2021.04.13: substituído o vídeo jYIvbZ5MffU pelo dCh6jhpIiws
As Intermitências da Morte (p.197)
José Saramago As Intermitências da Morte (2005)
"(...) Não foi o único dos músicos a dar pela sua presença. Em primeiro lugar porque ela ocupava sozinha o camarote, o que, não sendo caso raro, tão-pouco é frequente. Em segundo lugar porque era bonita, porventura não a mais bonita entre a assistência feminina, mas bonita de um modo indefinível, particular, não explicável por palavras, como um verso cujo sentido último, se é que tal coisa existe num verso, continuamente escapa ao tradutor. E finalmente porque a sua figura isolada, ali no camarote, rodeada de vazio e ausência por todos os lados, como se habitasse um nada, parecia ser a expressão da solidão mais absoluta. (...)"
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2014-07-23
Stoa
sToa Urthona (1993)
Música que começou a aparecer lá em casa, quando começámos a frequentar discotecas (lojas de discos...) "alternativas" em Lisboa e vendas por catálogo.
Este foi um dos grupos que me seduziu e que aqui recordo, com destaque para a música Stoa (tenho uma atracção especial por músicas com som de chuva, não sei porquê...).
01: Candide;
02: Autumn;
03: Infant Joy;
04: Spin;
05: In Memoriam;
06: Stoa;
07: Captivity;
08: Dust;
09: (N)Ever;
10: Taumel;
11: Hommage
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As Intermitências da Morte (p.180-181)
José Saramago As Intermitências da Morte (2005)
"(...) Conforme se pode ver na imagem que vem no livro, a caveira é uma borboleta, e o seu nome latino é acherontia atropos. É nocturna, ostenta na parte dorsal do tórax um desenho semelhante a uma caveira humana, alcança doze centímetros de envergadura e é de coloração escura, com as asas posteriores amarelas e negras. E chamam-lhe atropos, isto é, morte. (...)"
"(...) Agora está triste porque compara o que haveria sido utilizar as borboletas da caveira como mensageiras de morte em lugar daquelas estúpidas cartas de cor violeta que ao princípio lhe tinham parecido a mais genial das ideias. (...)" |
2014-07-22
Simpsons Comics N.º 1
Matt Groening com Steve Vance, Sondra Roy, Bill Morrison, Cindy Vance e Susan Grode Bart Simpson: Contos de Arrepiar "O Colecionador" (1993-2005)
Comecei a acompanhar os Simpsons na televisão, quando começaram a ser transmitidos pela RTP2, há vinte e cinco anos, e depressa me tornei um fiel seguidor das desventuras daquela família caótica e bem humorada.
Uma série de desenhos animados cujo destinatário era um público mais adulto, com humor corrosivo e cheio de segundas leituras e referências a outras séries e filmes, e que acompanhei durante bastantes anos, menos assiduamente nos últimos anos em que foi transmitida, quer por crescente indisponibilidade minha, quer por alterações constantes nos horários de transmissão, e da qual se anuncia já o início da transmissão da 26.ª temporada (!) na televisão americana. Este ano, surgiu nas bancas a publicação da revista dedicada a esta série, em banda desenhada, e não pude deixar de comprar para experimentar, embora consciente que a diferença de suporte a torna em algo diferente com regras próprias. Não me ri como em alguns dos episódios da série, até porque o meu humor (ainda) não anda nos melhores dias, mas também não fiquei desapontado, e uma das histórias, um verdadeiro conto de terror, encheu-me as medidas: |
Comfortably Numb - Live
Pink Floyd da digressão The Wall Live, de Roger Waters (2011)
Ainda por sugestão do meu irmão mais velho, a música Comfortably Numb do álbum The Wall, em duas interpretações ao vivo, em reencontros de Roger Waters e David Gilmour, dos Pink Floyd, bem como a música final de um desses concertos.
Roger Waters + David Gilmour: Comfortably Numb, Live, O2 Arena, 2011
Roger Waters, David Gilmour, Nick Mason and The Bleeding Heart Band: Outside The Wall, Live, O2 Arena, 2011 Pink Floyd - Comfortably Numb (Recorded at Live 8), Hyde Park, 2005 |
As Intermitências da Morte (p.178)
José Saramago As Intermitências da Morte (2005)
"(...) A morte hesita, não acaba de decidir-se pela presunção ou pela humildade, e, para desempatar, para tirar-se de dúvidas, entretém-se agora a observar o músico, esperando que a expressão da cara lhe revele o que está a faltar, ou talvez as mãos, as mãos são dois livros abertos, não pelas razões, supostas ou autênticas, da quiromancia, com as linhas do coração e da vida, da vida, meus senhores, ouviram bem, da vida, mas porque falam quando se abrem ou se fecham, quando acariciam ou golpeiam, quando enxugam uma lágrima ou disfarçam um sorriso, quando se pousam sobre um ombro ou acenam um adeus, quando trabalham, quando estão quietas, quando dormem, quando despertam, e então a morte, terminada a observação, concluiu que não é verdade que o antónimo da presunção seja a humildade, mesmo que o estejam jurando a pés juntos todos os dicionários do mundo, coitados dos dicionários, que têm de governar-se eles e governar-nos a nós com as palavras que existem, quando são tantas as que ainda faltam, por exemplo, essa que iria ser o contrário activo da presunção, porém em nenhum caso a rebaixada cabeça da humildade (...)"
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2014-07-21
High Hopes + Marooned
Pink Floyd Single do álbum The Division Bell (1994)
Por sugestão do meu mano mais velho, com destaque para o vídeo da música Marooned, ficam aqui mais duas músicas dos Pink Floyd.
01: High Hopes;
02: Marooned;
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As Intermitências da Morte (p.176)
José Saramago As Intermitências da Morte (2005)
"(...) lembrou-se de dizer que o seu retrato, no caso de existir de facto em música, não o encontrariam em nenhuma composição para violoncelo, mas num brevíssimo estudo de chopin, opus vinte e cinco, número nove, em sol bemol maior. Quiseram saber porquê e ele respondeu que não conseguia ver-se a si mesmo em nada mais que tivesse sido escrito numa pauta e que essa lhe parecia ser a melhor das razões. E que em cinquenta e oito segundos chopin havia dito tudo quanto se poderia dizer a respeito de uma pessoa a quem não podia ter conhecido. (...)"
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Fryderyk Chopin Étude Op. 25, No. 9 (1832-1834)
Étude Op. 25, No. 9
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2014-07-20
As Intermitências da Morte (p.173)
José Saramago As Intermitências da Morte (2005)
"(...) a vida é como uma orquestra que sempre está tocando, afinada, desafinada, um paquete titanic que sempre se afunda e sempre volta à superfície, e é então que a morte pensa que ficará sem ter que fazer se o barco afundado não puder subir nunca mais cantando aquele evocativo canto das águas escorrendo pelo costado, como deve ter sido, (...)"
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2014-07-19
The Last Sacraments
In The Nursery do álbum The Passion of Joan of Arc (2008)
Por sugestão do meu mano mais novo, que não resistiu partilhar o video da música The Last Sacraments com imagens do filme La Passion de Jeanne d'Arc, volto hoje aos In The Nursery.
Regresso com algumas músicas de um álbum da série Optical Music pela qual este grupo dirige a sua música para dar banda sonora a filmes mudos clássicos.
02: To Tell the Truth;
05: Letter;
07: State of Grace;
09: Abjure;
16: The Last Sacraments
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Carl Th. Dreyer La Passion de Jeanne d'Arc (1928)
"Joana d'Arc: [a falar com Deus] Estarei contigo esta noite no Paraíso?"
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As Intermitências da Morte (p.172)
José Saramago As Intermitências da Morte (2005)
"(...) a morte está, não anda. Ao mesmo tempo, e em toda a parte. Não necessita de correr atrás das pessoas para as apanhar, sempre estará onde elas estiverem. (...)"
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2014-07-18
More Music from Gladiator
Hans Zimmer More Music from Gladiator (2001)
Já aqui sugeri a música que Hans Zimmer compôs para este excelente filme de Ridley Scott, Gladiator, mas há mais música desta banda sonora para ouvir, que hoje venho sugerir.
E para referir que é música também das preferências da minha filha maior, que recorrentemente a escolhe para ouvirmos no auto-rádio nas nossas viagens mais longas...
01: Duduk of the North;
02: Now We Are Free (Juba's mix);
03: The Protector of Rome;
04: Homecoming;
05: The General Who Became a Slave;
06: The Slave Who Became a Gladiator;
07: Secrets;
08: Rome Is the Light;
09: All That Remains;
10: Maximus;
11: Marrakesh Marketplace;
12: The Gladiator Waltz;
13: Figurines;
14: The Mob;
15: Busy Little Bee;
16: Death Smiles at Us All;
17: Not Yet;
18: Now We Are Free (Maximus mix)
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As Intermitências da Morte (p.168-169)
José Saramago As Intermitências da Morte (2005)
"(...) Uma pessoa, ou a morte, para o caso tanto faz, vai cumprindo escrupulosamente o seu trabalho, um dia atrás de outro dia, sem problemas, sem dúvidas, pondo toda a sua atenção em seguir as pautas superiormente estabelecidas, e se, ao cabo de um tempo, ninguém lhe aparece a meter o nariz na maneira como desempenha as suas obrigações, é certo e sabido que essa pessoa, e assim sucedeu também à morte, acabará por comportar-se, sem que de tal se aperceba, como se fosse a rainha e senhora do que faz, e não só isso, também de quando e de como o deve fazer. (...)"
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2014-07-17
Take On Me
A-ha do álbum Hunting High and Low (1985)
Sempre gostei deste vídeo, que mistura animação e imagem real com o motivo da banda desenhada.
Talvez por isso também tenha ficado a gostar da música.
01: Take On Me
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As Intermitências da Morte (p.118)
José Saramago As Intermitências da Morte (2005)
"(...) eu não sou a Morte, sou simplesmente a morte, a Morte é uma coisa que aos senhores nem por sombras lhes pode passar pela cabeça o que seja, vossemecês, os seres humanos, só conhecem, tome nota o gramático de que eu também saberia pôr vós, os seres humanos, só conheceis esta pequena morte quotidiana que eu sou, esta que até mesmo nos piores desastres é incapaz de impedir que a vida continue, um dia virão a saber o que é a Morte com letra grande, nesse momento, se ela, improvavelmente, vos der tempo para isso, perceberíeis a diferença real que há entre o relativo e o absoluto, entre o cheio e o vazio, entre o ainda ser e o não ser já, e quando falo de diferença real estava a referir-me a algo que as palavras jamais poderão exprimir, relativo, absoluto, cheio, vazio, ser ainda, não ser já, que é isso, senhor director, porque as palavras, se o não sabe, movem-se muito, mudam de um dia para o outro, são instáveis como sombras, sombras elas mesmas, que tanto estão como deixaram de estar, bolas de sabão, conchas de que mal se sente a respiração, troncos cortados, aí lhe fica a informação, (...)"
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2014-07-16
Casa de Doidos
Charles Reisner The Big Store (1941)
Ontem à noite houve sessão de cinema em casa com a mais velha.
A (re)ver um dos filmes que ficou nos gostos dela das sessões que fizemos tantas vezes, um dos filmes dos Marx Brothers, para cultivar os clássicos... Bem... a ver mesmo, esteve ela, porque eu... bem, eu estive a praticar o pré-sono (link cortesia da minha mana), para grande vergonha minha... Mas que este sinal da minha decrepitude ;-) não diminua a apreciação do filme, cujo valor se pode aferir pelas gargalhadas (sempre) renovadas da minha filhota. |
Mixtape High Hopes
Nova mixtape do meu irmão mais velho, a partir de uma colectânea com outra destinatária...
Nova sugestão para ouvir outra excelente selecção musical:
01: High Hopes (Pink Floyd, 1994, The Division Bell);
02: Fields Of Gold (Sting, 1993, Ten Summoner's Tales);
03: Staring At the Sun (U2, 1997, Please PopHeart Live);
04: You And Your Friend (Dire Straits, 1991, On Every Street);
05: Everybody Hurts (R.E.M., 1992, Automatic for the People);
06: Am I In Love (Asia, 1990, Then & Now);
07: You're The One (Kate Bush, 1993, The Red Shoes);
08: Let's Go Out Tonight (Craig Armstrong, 1998, The Space Between Us);
09: O Mar (Madredeus, 1994, O Espírito da Paz);
10: Mil Maneiras de Amar (Sétima Legião, 1992, O Fogo);
11: Blood Of Eden (Peter Gabriel, 1992, Us);
12: Sea Of Secrets (Joe Jackson, 1994, Night Music);
13: The Show Must Go On (Queen, 1991, Innuendo);
14: Sou Como Um Rio (Delfins, 1995, O Caminho da Felicidade);
15: Asturias KV467 nr21 (Tony MacAlpine, 1995, Evolution);
16: Once Upon a Time... Storybook Love (Mark Knopfler, 1987, The Princess Bride)
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As Intermitências da Morte (p.117)
José Saramago As Intermitências da Morte (2005)
"(...) isso ainda se perdoaria, ainda poderia ser tomado como defeito menor à vista da sintaxe caótica, da ausência de pontos finais, do não uso de parêntesis absolutamente necessários, da eliminação obsessiva dos parágrafos, da virgulação aos saltinhos e, pecado sem perdão, da intencional e quase diabólica abolição da letra maiúscula, que, imagine-se, chega a ser omitida na própria assinatura da carta e substituída pela minúscula correspondente. Uma vergonha, uma provocação, continuava o gramático (...)"
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2014-07-15
Tour de France Soundtracks
Kraftwerk Tour de France Soundtracks (2003)
O tão desejado regresso dos Kraftwerk.
Que retomou um tema anterior - mesmo a propósito, o Tour de France - o reinterpretou e recompôs, e fez acompanhar com novos temas, de que destaco Elektro Kardiogramm, que me conquistou de imediato. Fica a sugestão para ouvir o álbum completo.
01: Prologue; 02: Tour de France Étape 1; 03: Tour de France Étape 2; 04: Tour de France Étape 3; 05: Chrono; 06: Vitamin; 07: Aerodynamik; 08: Titanium; 09: Elektro Kardiogramm; 10: La Forme; 11: Régéneration; 12: Tour de France
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As Intermitências da Morte (p.113)
José Saramago As Intermitências da Morte (2005)
"(...) A propósito, não resistiremos a recordar que a morte, por si mesma, sozinha, sem qualquer ajuda externa, sempre matou muito menos que o homem. (...)"
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2014-07-14
Anseio
Madredeus e Craig Armstrong dos álbuns Movimento (2001) e Electronico (2002)
A sugestão para hoje é o encontro entre a música dos Madredeus e a de Craig Armstrong, músico que conheci por via da minha mana.
Primeiro a versão original e de seguida o remix electrónico.
01: Anseio (Fuga Apressada)
12: Anseio 2, remix Craig Armstrong |
As Intermitências da Morte (p.78)
José Saramago As Intermitências da Morte (2005)
"(...) as palavras são rótulos que se pegam às cousas, não são cousas, nunca saberás como são as cousas, nem sequer que nomes são na realidade os seus, porque os nomes que lhes deste não são mais do que isso, os nomes que lhes deste, (...)"
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2014-07-13
Lucky Luke: Caçador de Prémios
Morris & Goscinny Chasseur de Primes (1972) (trad. Marília Alves)
Li esta história, pela primeira vez, quando era miúdo dos meus onze ou doze anos, na biblioteca municipal, entre outras bandas desenhadas, que alternava com as minhas leituras da enciclopédia Fauna, da qual andava a copiar todas as fichas da classificação de mamíferos...
Continuei a ler as aventuras do Lucky Luke, conforme iam aparecendo, na biblioteca ou na colecção de um amigo meu que os tinha quase todos, enquanto as minhas compras se viravam para outras colecções a que não tinha (outro) acesso, pelo que só já com vinte anos comprei o meu primeiro Lucky Luke: Canyon Apache. Actualmente tenho a colecção quase completa, mas este livro não o comprei: foi-me oferecido pelo meu melhor amigo - quase um irmão - que querendo arranjar espaço para outros livros, mo deu juntamente com A Diligência e O Circo do Oeste, e ainda o Obélix e Companhia (Astérix) e Os Cavaleiros de Koenigsfeld (Michel Vaillant), já lá vão vinte anos... É uma história com o humor e os vários níveis de leitura característicos de Goscinny, que enaltece os valores do altruísmo e do dever cumprido, e que dá algumas piscadelas de olho ao mundo do cinema, como na caracterização do caçador de prémios inspirada no actor Lee Van Cleef no filme O Bom, o Mau e o Vilão. Comprei-o agora, para oferecer a um miúdo especial, pelo seu décimo aniversário, porque, para além da qualidade da história, o tema da festa de anos era o western e entre as decorações que a sua mãe muito bem idealizou, estavam cartazes de recompensa com o retrato do aniversariante... |
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