António Gedeão Obra Poética [Movimento Perpétuo] (1956-2001)
"Vento no rosto
À hora em que as tardes descem, noite aspergindo nos ares, as coisas familiares noutras formas acontecem. As arestas emudecem. Abrem-se as flores nos olhares. Em perspectivas lunares lixo e pedras resplandecem. Silêncios, perfis de lagos, escorrem cortinas de afagos, malhas tecidas de engodos. Apetece acreditar, ter esperanças, confiar, amar a tudo e a todos." |
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