António Gedeão Obra Poética [Máquina de Fogo] (1961-2001)
"Arma Secreta
Tenho uma arma secreta ao serviço das nações. Não tem carga nem espoleta mas dispara em linha recta mais longe que os foguetões. Não é Júpiter, nem Thor, nem Snark ou outros que tais. É coisa muito melhor que todo o vasto teor dos cabos Canaverais. A potência destinada às rotações da turbina não vem da nafta queimada, nem é de água oxigenada nem de ergóis de furalina. Erecta, na torre erguida, em alerta permanente, espera o sinal de partida. Podia chamar-se VIDA. Chama-se AMOR, simplesmente." |
2015-06-26
Obra Poética (p.96)
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