Hermann Hesse Das Glasperlenspiel (1943) (trad. Carlos Leite)
"(...)
E cada livro em que me pegava mo confirmava: Estava na Biblioteca do Paraíso; Para todas as perguntas que sempre me atormentaram, Para todas as sedes de saber que sempre me queimaram, Estava aqui a resposta e para toda a fome Guardado aqui o pão do espírito. Pois qualquer Que fosse o volume a que lançasse um olhar rápido, Todos tinham títulos cheios de promessas; Todas as necessidades eram aqui contempladas, Para serem abertos estavam aqui todos os frutos Que jamais um aluno, temente, imaginou, A que jamais um Mestre, ousando, estendeu a mão. Estava aqui o sentido mais íntimo e mais puro; Todas as sabedorias, poesias, ciências, Estava aqui a força mágica de todas as interrogações, A chave e o vocabulário, estava aqui a mais fina Essência do espírito, aqui em inauditos E secretos livros magistrais conservada. As chaves penetravam toda a espécie De perguntas e segredos e pertenciam àquele A quem a graça da hora mágica as oferecia." |
2014-12-16
O Jogo das Contas de Vidro (p.352)
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