2015-01-26

Um, Nenhum e Cem Mil (p.58)

Luigi Pirandello
Uno, Nessuno e Centomila (1926)
(trad. Maria Jorge Vilar de Figueiredo)


"Foi um instante; foi a eternidade. Senti em mim todo o terror das fatalidades sem remédio, das coisas que não se podem alterar: a prisão do tempo; o nascer agora e não antes ou depois; o nome e o corpo que nos são dados; a cadeia das causas; o sémen lançado por aquele homem: meu pai sem o querer; o meu vir ao mundo desse sémen, involuntário fruto desse homem; ligado àquele ramo; expresso por aquelas raízes."

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