Umberto Eco La Misteriosa Flamma Della Regina Loana (2004) (trad. Simonetta Neto)
"Fito aqueles olhos pintados para não ver os seus seios, depois o olhar desloca-se, são (creio eu) os primeiros seios da minha vida, pois não o eram aquelas coisas amplas e flácidas das calmucas á poil.
Uma vaga de mel percorre-me as veias, sinto um gosto azedo no funda da garganta, uma pressão na testa, um delíquio nas virilhas. Levanto-me assustado e algo húmido, perguntando-me que terrível doença me terá acometido, deliciado com aquela liquefacção num caldo primordial. Creio que foi a minha primeira ejaculação: penso que é uma coisa mais proibida do que cortar a garganta a um alemão. Pequei de novo, naquela noite no Vallone, por ser testemunha muda do mistério da morte, agora, por ser o intruso que penetrou os mistérios proibidos da vida." |
2014-05-31
A Misteriosa Chama da Rainha Loana (p.357)
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