Mark Twain The Adventures of Huckleberry Finn (1885) (trad. Sara Serras Pereira)
"(...) Não havia nele nem uma ponta de leviandade e nunca falava alto. Era o mais amável que sabia ser, e isso via-se, e fazia-me confiar nele. De vez em quando sorria, e era uma coisa bonita de se ver; mas quando se endireitava como um pau de bandeira e chispavam relâmpagos vindos de baixo das suas sobrancelhas, dava vontade de ir trepar uma árvore em vez de ouvir qual era o problema. Nunca tinha de fazer comentários sobre os modos de ninguém - toda a gente era educada quando ele estava por perto. E toda a gente adorava tê-lo por perto, era como o Sol a brilhar - quer dizer, ao pé dele tinha-se quase sempre a impressão de que estava bom tempo. Quando ele se enevoava, tudo ficava terrivelmente escuro durante meio minuto, e era o suficiente: não voltava a acontecer nada de mal durante uma semana." |
2014-05-20
As Aventuras de Huckleberry Finn (p.131)
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