Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"(...) O mês de Fevereiro não figurava já no balanço, visto um mês começado ser um mês liquidado, assim como uma moeda trocada já se conta como gasta."
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2014-08-31
A Montanha Mágica (p.332)
2014-08-30
I Am An Unusual Thing
Michael Nyman e Ute Lemper do álbum Songbook (1992)
Uma extraordinária música de Michael Nyman, interpretada por Ute Lemper, sobre palavras de Mozart três dias antes de sua morte, de uma conversa registada em inglês entre Constanze Mozart e V. Novello.
I am an unusual thing. I have no soul and no body. One cannot see me but can hear me. I do not exist for me alone. Only a human being can give me life as often as he wishes. And my life is only of short duration, for I die almost at the moment I am born. And so, according to man’s caprice, I may live and die untold times a day. To those who give me life I do nothing, but those on whose account I am born I leave with painful sensations for the short duration of my life; of my life till I depart.* I am appointed to a situation which will afford me leisure to write music just to please myself. And I feel capable of doing something worthy of the fame I’ve acquired. But instead, I must die.**
10: I Am An Unusual Thing
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A Montanha Mágica (p.330)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"(...) As pessoas fitavam, confusas, a encantadora sombra que fingia ver e não via, que de modo nenhum era atingida pelos olhares, e cujo sorriso e aceno não se referiam ao presente, mas pertenciam ao ali e ao outrora, de modo que teria sido absurdo retribuí-lo. Isto, como já dissemos, misturava o prazer de uma sensação de impotência. Por fim, o fantasma desvanecia-se. Uma clareza viva invadiu a tela, onde apareceu a palavra «fim». (...)"
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2014-08-29
Pedra Filosofal
Manuel Freire do single Pedra Filosofal (1970)
Sobre um poema de António Gedeão, uma música que conheço "desde sempre".
Eles não sabem que o sonho É uma constante da vida Tão concreta e definida Como outra coisa qualquer Como esta pedra cinzenta Em que me sento e descanso Como este ribeiro manso Em serenos sobressaltos Como estes pinheiros altos Que em verde e oiro se agitam Como estas aves que gritam Em bebedeiras de azul Eles não sabem que sonho É vinho, é espuma, é fermento Bichinho alacre e sedento De focinho pontiagudo Em perpétuo movimento Eles não sabem que o sonho É tela, é cor, é pincel Base, fuste ou capitel Arco em ogiva, vitral, Pináculo de catedral, Contraponto, sinfonia, Máscara grega, magia, Que é retorta de alquimista Mapa do mundo distante Rosa dos ventos, infante Caravela quinhentista Que é cabo da boa-esperança Ouro, canela, marfim Florete de espadachim Bastidor, passo de dança Columbina e arlequim Passarola voadora Pára-raios, locomotiva Barco de proa festiva Alto-forno, geradora Cisão do átomo, radar Ultra-som, televisão Desembarque em foguetão Na superfície lunar Eles não sabem nem sonham Que o sonho comanda a vida E que sempre que o homem sonha O mundo pula e avança Como bola colorida Entre as mãos duma criança
01: Pedra Filosofal
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A Montanha Mágica (p.325-326)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"(...) Invadia-o então a sensação agradável da amplitude da sua natureza, uma alegria que se alicerçava na ideia da utilidade e do alcance secreto das suas acções, e com a qual se misturava certo prazer furtivo causado pela aparência impecavelmente cristã dessas actividades; com efeito, essa aparência era tão piedosa, tão doce, tão louvável, que não era possível opor-lhe argumentos sérios, quer do ponto de vista militar, quer do ponto de vista pedagógico e humanista."
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2014-08-28
Marco Polo - Banda Sonora
Ennio Morricone Marco Polo (1982-2004)
A banda sonora que me deu a conhecer Ennio Morricone e que continua a ser uma das minhas preferidas.
Primeiro, repetidamente ouvida em LP durante anos e, mais recentemente, na edição em CD com quase o dobro das músicas da edição original. Foi também a descoberta desta Lista de Reprodução no Youtube que me levou a começar a fazer sugestões musicais por email para algumas das pessoas que mais estimo, e que depois veio a dar origem a este blogue, que faz hoje
1.01: Marco Polo (Titoli);
1.02: Saluto Alla Madre;
1.03: Nostalgia Del Padre;
1.04: Adolescenza;
1.05: I Sogni (Versione Estesa);
1.06: Il Lungo Viaggio Inizia;
1.07: I Crociati;
1.08: Tema Di Marco (Morte Nel Vento);
1.09: Al Santo Sepolcro (Versione Estesa);
1.10: Marco Chiede La Sepoltura Di Guido;
1.11: Verso L'Oriente (Viaggio);
1.12: Marco Polo (Ornuz);
1.13: I Mongoli;
1.14: Marco Polo E I Mongoli;
1.15: Tema Di Marco (Dialogo);
1.16: Verso L'Oriente (Ripresa Viaggio);
1.17: Risveglio Nel Tempio Tibetano;
1.18: Tema Di Marco (Un Nuovo Mondo);
2.01: Musica Di Corte (Arpe);
2.02: Tema Di Marco (Nel Palazzo Imperiale);
2.03: Festeggiamenti A Palazzo;
2.04: Una Nuova Cilviltà;
2.05: Canzone Di Mai-Li;
2.06: Tema Di Marco (Nuove Sensazioni);
2.07: Canzone Di Mai-Li (Ripresa);
2.08: Musica Di Corte (Seconda);
2.09: Ricordo Della Madre;
2.10: Il Sud Brucia;
2.11: La Città Proibita;
2.12: Tema Di Marco (Nostalgia Di Venezia);
2.13: Verso La Grande Muraglia;
2.14: La Leggenda Della Grande Muraglia;
2.15: Kublai Khan;
2.16: La Grande Marcia Di Kublai;
2.17: Tema Di Marco (Ritorno Verso Casa);
2.18: Primo Amore (Finale)
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A Montanha Mágica (p.307-308)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"(...) os motivos de que nascera o seu desejo eram complexos. O protesto contra o egoísmo reinante era apenas um dentre eles. O que mais contribuía para essa decisão era, antes de tudo, a necessidade que experimentava o seu espírito, de tomar a sério e de poder honrar o sofrimento e a morte; (...)"
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2014-08-27
The Planets
Gustav Holst The Planets, Op. 32 (1914-16)
A suite orquestral em sete movimentos The Planets, Op. 32 é a proposta para hoje.
Peça dedicada aos aspectos astrológicos dos planetas, então conhecidos, e não à astronomia ou à mitologia romana. Independentemente dos motivos de inspiração do compositor, é uma música que me inspira quando a ouço. E terá, muito provavelmente, inspirado Hans Zimmer na composição de algumas músicas da banda sonora do filme Gladiator...
The Planets, Op. 32:
I: Mars, the Bringer of War;
II: Venus, the Bringer of Peace;
III: Mercury, the Winged Messenger;
IV: Jupiter, the Bringer of Jollity;
V: Saturn, the Bringer of Old Age;
VI: Uranus, the Magician;
VII: Neptune, the Mystic
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Editado em 2016.04.29: Substituído o vídeo 83J68Y7Z1nk por AHVsszW7Nds
A Montanha Mágica (p.287)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"Que era, então, a vida? Era calor, calor produzido por um fenómeno sem substância própria que conservava a forma; era uma febre da matéria que acompanhava o processo de incessante decomposição e reconstituição de moléculas de albumina de uma estrutura intimamente complicada e infinitamente engenhosa. Era o ser daquilo que na realidade não pode ser, que oscila numa doce e dolorosa suspensão sobre o limite do ser, nesse processo contínuo e febril de decomposição e renovação. Não era matéria nem era espírito. Era qualquer coisa entre os dois, um fenómeno sustentado pela matéria, como o arco-íris sobre a queda de água, e semelhante à chama. (...)" |
2014-08-26
Oxygène 7-13
Jean Michel Jarre Oxygène 7-13 (1997)
Cerca de vinte anos depois, regresso de Jean-Michel Jarre à obra inicial, que já aqui passei, não tanto uma continuação daquele, antes um fechar de ciclo.
Não me traz as memórias que o outro me evoca, mas transporta-me ao mesmo ambiente em que me entusiasmei a conhecer este tipo de música.
01: Oxygène 7; 02: Oxygène 8; 03: Oxygène 9; 04: Oxygène 10; 05: Oxygène 11; 06: Oxygène 12; 07: Oxygène 13
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A Montanha Mágica (p.285-286)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"Que era a vida? Não se sabia. Ela tinha consciência de si mesma, indubitàvelmente, desde que era vida, mas ignorava o que era. Era incontestável que a consciência, como sensibilidade despertava até certo ponto ainda nas fases inferiores, menos adiantadas, da vida; não era possível fixar em determinado ponto da sua vida colectiva ou individual a primeira aparição de fenómenos conscientes, e, por exemplo, fazer depender a consciência, da existência de um sistema nervoso, e muito menos de um cérebro e no entanto ninguém se atrevia a negar-lhes que possuíssem reflexos. (...) A consciência de si era, pois, muito simplesmente uma função da matéria organizada, e num grau mais elevado esta função dirigia-se contra o seu próprio portador, convertia-se na tendência para pesquisar e explicar o fenómeno; tornava-se uma tendência que a tinha suscitado uma tendência cheia de promessas e de desespero da vida para se conhecer a si própria, auto-investigação da natureza, investigação vã em última análise, visto a natureza não se poder resolver em conhecimento, dado que a vida não pode surpreender a última palavra de si mesma." |
2014-08-25
The Return of the King - Banda Sonora
Howard Shore The Lord of the Rings: The Return of the King (soundtrack) (2003)
Conclusão da banda sonora da trilogia d'O Senhor dos Anéis, com o Regresso do Rei... sem ter de esperar tanto quanto foi preciso esperar pelo filmes... ;-)
E ainda uma música extra interpretada pela Annie Lennox, incluída apenas numa edição especial em DVD. E fica a sugestão para voltar a ouvir A Irmandade do Anel e As Duas Torres.
01: A Storm Is Coming;
02: Hope and Memory;
03: Minas Tirith (interpretada por Ben del Maestro);
04: The White Tree;
05: The Steward of Gondor (interpretada por Billy Boyd);
06: Minas Morgul;
07: The Ride of the Rohirrim;
08: Twilight and Shadow (interpretada por Renée Fleming);
09: Cirith Ungol;
10: Andúril;
11: Shelob's Lair;
12: Ash and Smoke;
13: The Fields of the Pelennor;
14: Hope Fails;
15: The Black Gate Opens (interpretada por Sir James Galway);
16: The End of All Things (interpretada por Renée Fleming);
17: The Return of the King (interpretada por Sir James Galway, Viggo Mortensen e Renée Fleming);
18: The Grey Havens (interpretado por Sir James Galway);
19: Into the West (letra e música por Fran Walsh, Howard Shore e Annie Lennox; interpretada por Annie Lennox)
Música bónus da edição limitada em DVD: Use Well the Days (interpretada por Annie Lennox) |
A Montanha Mágica (p.285)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"(...) Hans Castorp replicou que preferia possuir os livros, e que a leitura é muito diferente quando o livro nos pertence; (...)" |
2014-08-24
A Montanha Mágica (p.282)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"(...) E principalmente de noite, quando a lua quase cheia subia, o mundo apresentava-se enfeitiçado de um modo milagroso. Uma cintilação cristalina um resplendor diamantino reinava em toda a parte. (...) O mundo parecia votado a uma pureza glacial, e a sua sujidade natural ficava submersa e envolta no sonho de uma fantástica magia macabra." |
2014-08-23
A Montanha Mágica (p.277)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"- E a vida? - Também. Também, meu rapaz. Oxidação, Também. A vida é principalmente uma combustão de proteínas das células, donde provém esse agradável calor animal que às vezes é excessivo. Sim, viver é morrer, nesse ponto não vale a pena embelezar. Trata-se de uma destruction organique, como não sei que francês, na sua leviandade inata, chamou uma vez à vida. De resto, é o cheiro que ela tem, a vida. Quando temos a impressão contrária, é o nosso juízo que está corrompido. - E quando nos interessamos pela vida - prosseguiu Hans Castorp - interessamo-nos sobretudo pela morte. Não é verdade? - Bem, há sempre uma certa diferença entre ambas. Viver significa que, na transformação da matéria, a forma subsiste." |
2014-08-22
Movimento Perpétuo Associativo
Deolinda do álbum Canção Ao Lado (2009)
Um moderno fado dos Deolinda, com uma letra carregada de ironia.
Agora sim, damos a volta a isto! Agora sim, há pernas para andar! Agora sim, eu sinto o optimismo! Vamos em frente, ninguém nos vai parar! -Agora não, que é hora do almoço... -Agora não, que é hora do jantar... -Agora não, que eu acho que não posso... -Amanhã vou trabalhar... Agora sim, temos a força toda! Agora sim, há fé neste querer! Agora sim, só vejo gente boa! Vamos em frente e havemos de vencer! -Agora não, que me dói a barriga... -Agora não, dizem que vai chover... -Agora não, que joga o Benfica... e eu tenho mais que fazer... Agora sim, cantamos com vontade! Agora sim, eu sinto a união! Agora sim, já ouço a liberdade! Vamos em frente, e é esta a direcção! -Agora não, que falta um impresso... -Agora não, que o meu pai não quer... -Agora não, que há engarrafamentos... -Vão sem mim, que eu vou lá ter...
06: Movimento Perpétuo Associativo
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A Montanha Mágica (p.261)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"(...) vê o senhor a hostilidade do Espírito em face da Natureza, a orgulhosa desconfiança com que a encara, a sua nobre obstinação no direito de o criticar, esse poder malvado e contrário à Razão. Porque a natureza é um poder, e aceitar o poder, conformar-se com ele - repare bem: conformar-se intimamente com ele é servil! E com isto o senhor chega àquele humanismo que não se deixa cair em nenhuma contradição e que não se torna culpado de nenhuma recaída na hipocrisia cristã, quando ela se decide a ver no corpo o princípio mau e adverso. A contradição que o senhor pensa encontrar é, no fundo, sempre a mesma. «Que tem o senhor contra a análise?» Nada... quando se empenha em instruir, em libertar, em promover o Progresso. Tudo... quando traz consigo o nauseabundo cheiro do túmulo. E dá-se o mesmo com o corpo. É preciso honrá-lo e defendê-lo quando se trata da sua emancipação e da sua beleza, da liberdade dos sentidos, da felicidade, do prazer. É mister desprezá-lo, cada vez que se opuser, como princípio da gravidade e da inércia, ao movimento para a luz. Convém detestá-lo quando chega a a representar o princípio da doença e da morte, quando o seu espírito específico de torna o espírito da perversidade, o espírito da decomposição, da volúpia e da vergonha..." |
2014-08-21
Esperanto
Elektric Music Esperanto (1993)
O primeiro trabalho dos Elektric Music, que envolveu Karl Bartos após a sua saída dos Kraftwerk, e incluiu a colaboração de Andy McCluskey dos Orchestral Manoeuvres in the Dark na composição das músicas Show Business e Kissing the Machine.
Enquanto não saía nada de novo dos Kraftwerk, foi uma boa lufada de ar fresco...
01: TV;
02: Show Business;
03: Kissing The Machine;
04: Lifestyle;
05: Crosstalk;
06: Information;
07: Esperanto;
08: Overdrive
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A Montanha Mágica (p.256)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"(...) Tive medo da morte e não fui. Estava desesperado, como pode imaginar, por causa da partida que me pregou a minha precária saúde. Não há nada mais doloroso do que ver como a parte orgânica, animal, do nosso ser, nos impede de servir a Razão. (...)" |
2014-08-20
City Life
Steve Reich música do álbum City Life (1995)
A música que dá título ao álbum City Life, de Steve Reich, do qual já aqui passei os temas Proverb e Nagoya Marimbas.
Fica a sugestão.
03: City Life:
1: Check It Out;
2: Pile Drive - Alarms;
3: It's Been A Honeymoon - Can't Take No Mo;
4: Heartbeats - Boats And Bu;
5: Heavy Smoke
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Editado em 2020.10.25: substituída a lista PLo_VY5deNDiCxHhQVxHPUYdhUFVsw-XHe pelo video dMcz4jhDWMI
A Montanha Mágica (p.251)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"(...) Há quem nunca se habitue, disse-me meu primo logo que cheguei. Mas a gente habitua-se ao facto de não se habituar. - Um processo complicado - zombou o italiano. - Um modo um tanto estranho de assimilar. Naturalmente, a juventude é capaz de tudo. Não se habitua, mas lança raízes." |
2014-08-19
Eduardo Mãos de Tesoura - Banda Sonora
Danny Elfman Edward Scissorhands (Original Motion Picture Soundtrack) (1990)
Eis mais uma banda sonora que me encanta.
Mesmo no sentido de encantamento, que tão bem traduz o espírito de conto de fadas do filme de Tim Burton, composta por Danny Elfman, que em conjunto trabalharam em mais uma série notável de obras, a que voltarei... Por agora, deixem-se encantar com estas...
01: Introduction (Titles);
02: Storytime;
03: Castle On The Hill;
04: Beautiful New World / Home Sweet Home;
05: The Cookie Factory;
06: Ballet De Suburbia (Suite);
07: Ice Dance;
08: Etiquette Lesson;
09: Edwardo The Barber;
10: Esmeralda;
11: Death!;
12: The Tide Turns (Suite);
13: The Final Confrontation;
14: Farewell...;
15: The Grand Finale;
16: The End
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A Montanha Mágica (p.245)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"(...) Com uma amável inclinação da cabeça, sem revelar surpresa, ela agradeceu, disse, igualmente, «Bom-dia» na língua de Hans Castorp, enquanto os seus olhos sorriam - e tudo isto constituiu uma coisa muito diferente, uma coisa mais profunda e deliciosa do que o olhar que ela lançara aos seus sapatos; era um acaso feliz, uma modificação das coisas para um inesperado melhor poder de compreensão; era a redenção." |
2014-08-18
Home of the Brave
Laurie Anderson Home of the Brave (1986)
Espectáculo ocorrido no verão de 1985 no Park Theater, em Union City, New Jersey, registado em filme realizado pela própria Laurie Anderson.
Várias das músicas que saíram no álbum tido como banda sonora deste espectáculo, que não inclui todas as músicas, diferem destas, tendo sido gravadas em estúdio. Fica a sugestão para ver e ouvir.
01: Good Evening (instrumental);
02: Zero and One (palavras ditas);
03: Excellent Birds;
04: Old Hat (palavras ditas);
05: Drum Dance (instrumental);
06: Smoke Rings;
07: Late Show (instrumental com sample de voz de William S. Burroughs);
08: White Lily (palavras ditas);
09: Sharkey's Day;
10: How to Write (instrumental com introdução dita por Won-sang Park);
11: Kokoku;
12: Radar (instrumental com vocalizações de Anderson);
13: Gravity's Angel;
14: Langue D'Amour;
15: Talk Normal;
16: Difficult Listening Hour (palavras ditas);
17: Language is a Virus;
18: Sharkey's Night;
19: Credit Racket (instrumental)
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A Montanha Mágica (p.240)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"(...) a sua paixão infligia-lhe todas as dores e proporcionava-lhe todas as alegrias que esse estado acarreta em toda a parte e em todas as circunstâncias. A dor é pungente; contém um elemento degradante, como todo sofrimento, e representa tamanho abalo do sistema nervoso, que embarga a respiração e é capaz de arrancar a um homem adulto lágrimas amargas. Para também fazermos justiça às alegrias, acrescentemos que estas eram numerosas e, ainda que nascessem de motivos insignificantes, não menos vivas do que as mágoas. (...)" |
2014-08-17
A Montanha Mágica (p.232)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"- A análise é boa como instrumento de progresso e da civilização; boa, na medida em que abala convicções estúpidas, dissipa preconceitos naturais e mina a autoridade; é boa, por outras palavras, enquanto liberta, refina, humaniza e prepara os escravos para a liberdade. É má, muito má, na medida em que estorva a acção, prejudica as raízes da vida, incapaz de lhe dar forma. A análise pode ser uma coisa muito pouco apetitosa, tão repugnante como a morte à qual talvez pertença, afinal de contas, aparentada como é com o túmulo e com a sua mal afamada anatomia." |
2014-08-16
Mixtape I'm Not In Love
E somam seis.
Esta nova mixtape do meu irmão já inclui músicas que eu não conhecia, ou que conhecia e não sabia de onde ou de quem, entre outras que me dizem muito, tornando-se uma oportunidade para enriquecer os meus gostos musicais, e os vossos também, espero. E depois de ouvir esta, podemos sempre voltar a ouvir as anteriores mixtapes: Mixtape A Day In The Life Mixtape Os Limites do Mar Mixtape Play To The World Mixtape High Hopes Mixtape Just A Normal Day
01: Shine On You Crazy Diamond (part one) (Pink Floyd, 1975, Wish You Were Here);
02: Ripples (Genesis, 1976, A Trick of the Tail);
03: I'm Not In Love (10cc, 1975, The Original Soundtrack);
04: Soon (Yes, 1980, Yesshows);
05: His Last Voyage (Gentle Giant, 1975, Free Hand);
06: The Deadly Dream of Freedom (Triumvirat, 1975, Spartacus);
07: The Last Resort (Eagles, 1976, Hotel California);
08: Beth (Kiss, 1976, Destroyer);
09: Baby, I Love Your Way (Peter Frampton, 1976, Frampton Comes Alive!);
10: Love Hurts (Nazareth, 1975, Hair of the Dog);
11: High Flyer (UFO, 1975, Force It);
12: Love Of My Life (Queen, 1979, Live Killers);
13: Mind Games (John Lennon, 1973, Mind Games);
14: Ten Years Gone (Led Zeppelin, 1975, Physical Graffiti)
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Temas:
10cc,
1975,
Eagles,
Genesis,
Gentle Giant,
John Lennon,
Kiss,
Led Zeppelin,
Música,
Nazareth,
Peter Frampton,
Pink Floyd,
Queen,
Triumvirat,
UFO,
Yes
A Montanha Mágica (p.231)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"(...) Eis a ingratidão da juventude que se desenvolve! Aceita presentes para logo lhes criticar os defeitos." |
2014-08-15
Desfado
Ana Moura do álbum Desfado (2012)
Com letra de Pedro da Silva Martins (dos Deolinda), um fado que cultiva o paradoxo, na letra e na forma.
Quer o destino que eu não creia no destino E o meu fado é nem ter fado nenhum Cantá-lo bem sem sequer o ter sentido Senti-lo como ninguém, mas não ter sentido algum Ai que tristeza, esta minha alegria Ai que alegria, esta tão grande tristeza Esperar que um dia eu não espere mais um dia Por aquele que nunca vem e que aqui esteve presente Ai que saudade Que eu tenho de ter saudade Saudades de ter alguém Que aqui está e não existe Sentir-me triste Só por me sentir tão bem E alegre sentir-me bem Só por eu andar tão triste Ai se eu pudesse não cantar "ai se eu pudesse" E lamentasse não ter mais nenhum lamento Talvez ouvisse no silêncio que fizesse Uma voz que fosse minha cantar alguém cá dentro Ai que desgraça esta sorte que me assiste Ai mas que sorte eu viver tão desgraçada Na incerteza que nada mais certo existe Além da grande incerteza de não estar certa de nada
01: Desfado
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A Montanha Mágica (p.221)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"(...) Hans Castorp, de olhos arregalados, reconheceu-a, e sentiu perfeitamente que o sangue lhe fugia do rosto e o maxilar inferior se lhe afrouxava, a ponto de forçá-lo a abrir a boca. A entrada de Clawdia efectuara-se de um modo inopinado, e de improviso: de repente ela partilhava com os primos aquele exíguo recinto, onde, um segundo antes, ainda não estava. (...) Depois de empalidecer, corou violentamente, e os seu coração batia." |
2014-08-14
Minimum-Maximum - Disco Dois
Kraftwerk Minimum-Maximum Disk 2 (2005)
Aqui trago hoje o segundo disco do álbum duplo ao vivo, cujo primeiro já aqui passei, e que assim completa o registo áudio da digressão de 2004.
Estão aqui algumas das minhas músicas preferidas, para ouvir com entusiasmo.
01: Radioactivity;
02: Trans Europe Express;
03: Metal on Metal;
04: Numbers;
05: Computer World;
06: Home Computer;
07: Pocket Calculator;
08: Dentaku;
09: The Robots;
10: Elektro Kardiogramm;
11: Aéro Dynamik;
12: Music Non Stop
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A Montanha Mágica (p.209)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"(...) o contacto prematuro e repetido com a morte produz uma disposição fundamental da alma que nos torna mais sensíveis e melindrosos à dureza, à trivialidade da vida quotidiana, ou digamos: ao seu cinismo." "(...) a única maneira sadia e nobre, aliás, desejo acrescentar expressamente, a única maneira religiosa de encarar a morte é compreendê-la e senti-la como uma parte, como um complemento, como uma condição sagrada da vida, em vez de - o que seria o contrário do sentimento da saúde, da nobreza, da razão e do sentimento religioso - a separar da vida, espiritualmente, de a pôr em oposição a ela e de a usar como argumento contra ela. (...) A morte é venerável como berço da vida, como regaço da renovação. Mas, separada da vida, torna-se um fantasma, um papão, e coisa pior ainda. Pois a morte como potência espiritual independente é uma potência sumamente devassa, cujo atractivo perverso é, sem dúvida, muito forte, e no entanto seria, também sem a mínima dúvida, a mais horrorosa aberração do espírito humano querer simpatizar com ela." |
2014-08-13
Nagoya Marimbas
Steve Reich do álbum City Life (1995)
Segunda música do álbum City Life, de Steve Reich, do qual já aqui passei o tema Proverb, e que é uma das minhas músicas preferidas deste compositor.
Até sabe a pouco...
02: Nagoya Marimbas
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A Montanha Mágica (p.192)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"Mas, eis que vai acontecer qualquer coisa a respeito da qual, o narrador fará bem exprimindo a sua própria surpresa a fim de que o leitor não se espante, de sua parte, além do que é razoável. Com efeito, ao passo que o nosso relatório referente às três primeiras semanas de permanência de Hans Castorp ali em cima - vinte e um dias no pino do verão a que esta, segundo as previsões humanas, devia limitar-se - devorou extensões no espaço e no tempo, o que confirmava bastante bem a nossa própria mal disfarçada expectativa, a descrição das próximas três semanas da sua visita a esse lugar exigirá apenas tantas palavras e tantos momentos quantas folhas, páginas horas e jornadas aquele relatório ocupou; num abrir e fechar de olhos - como já se pode prever - liquidaremos e sepultaremos estas três semanas. Talvez isso pareça surpreendente; e, todavia, está segundo as regras e responde às leis que vigoram para quem narra e para quem escuta. Porque é da regra e corresponde às ditas leis que o tempo se torne para nós tão longo ou tão curto que, em relação à nossa experiência, se alongue ou reduza exactamente como a aventura do herói da nossa história, o jovem Hans Castorp que o destino surpreendeu de modo tão inesperado. E pode ser proveitoso prepararmos o leitor, em presença deste mistério que é o tempo, para outros milagres e fenómenos que iremos encontrar em companhia de Hans Castorp. Por enquanto basta que todos se lembrem da rapidez com que decorre uma «longa» série de dias para o doente que os passa de cama, como doente. É o mesmo dia que se repete sem cessar; mas, justamente por tratar-se sempre o mesmo dia, parece, no fundo, pouco adequado o termo «repetição». Melhor seria falar de identidade, de um presente imóvel ou de eternidade. (...)" |
2014-08-12
Logos
Tangerine Dream Logos Live (1982)
Outro dos meus álbuns preferidos dos Tangerine Dream.
Muito bem lembrado pelo meu mano mais novo...
01: Logos, Part One:
01.1: Logos Intro;
01.2: Logos Cyan;
01.3: Logos Velvet;
01.4: Logos Red; ;
01.5: Logos Blue;
02: Logos, Part Two: 02.1: Logos Black; 02.2: Logos Green; 02.3: Logos Yellow; 02.4: Logos Coda; 03: Dominion |
Editado em 2018.01.31: substituído o vídeo TnBQ_Ffz0Cg pelo nY2Rlw3bRoM
A Montanha Mágica (p.165)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"Segundo os pontos de vista de Settembrini, havia dois princípios que disputavam a posse do mundo: a Força e o Direito, a Tirania e a Liberdade, a Superstição e a Ciência, o princípio da conservação e o do movimento: o Progresso. Podia chamar-se a um o princípio asiático e ao outro o europeu, visto ser a Europa a terra da rebelião, da crítica e da actividade transformadora, ao passo que o continente oriental encarnava a imobilidade, o repouso. Não existia a menor dúvida quanto à questão de saber qual das duas forças terminaria por triunfar; só poderia ser a da Luz, a do aperfeiçoamento guiado pela Razão. (...)" |
2014-08-11
Simpsons Comics N.º 2
Matt Groening com Steve Vance, Bill Morrison, Tim Bavington, Cindy Vance e Phil Ortiz para "It's in the Cards" (1994-2005) Steve Vance, Bill Morrison, Cindy Vance e Tim Bavington para "The Perplexing Puzzle of the Springfield Puma" (1994-2005)
Mais uma revista dos Simpsons lida, com o humor corrosivo que a série televisiva nos habituou.
"Lisa - Força, falta às aulas! Desperdiça a oportunidade de receberes uma educação! Só te estás a enganar a ti próprio, Bart! Lisa - Um dia vais lamentar a tua falta de autodisciplina! Lisa (a pensar): "Suspiro" Quem é que estou a tentar enganar? A única que lamenta seja o que for sou eu! Lisa (a pensar): Às vezes ser responsável é uma grande chatice... " "Lisa - Estou apenas a sugerir uma forma de enriquecer a experiência pedagógica para todos nós. Não é isso que importa na Escola? Miss Kelp - Bem me parecia que eras uma desordeira! O objectivo da escola é ensinar a obediência, disciplina e respeito pela autoridade! Lisa - Mas nós somos crianças! Cada um de nós tem uma individualidade que anseia ser respeitada e cultivada! Miss Kelp - Pois então... suprime-a." |
The Two Towers - Banda Sonora
Howard Shore The Lord of the Rings: The Two Towers (soundtrack) (2002)
A banda sonora do filme do meio... da história que não tem princípio nem fim ;-) facto que não se ressente na música.
Depois de já aqui ter colocado a banda sonora da primeira parte, vem esta sugestão na sua continuação. Mais uma vez com a aprovação da filha mais velha...
01: Foundations of Stone;
02: The Taming of Sméagol;
03: The Riders of Rohan;
04: The Passage of the Marshes;
05: The Uruk-hai;
06: The King of the Golden Hall;
07: The Black Gate Is Closed;
08: Evenstar (interpretada por Isabel Bayrakdarian);
09: The White Rider;
10: Treebeard;
11: The Leave Taking;
12: Helm's Deep;
13: The Forbidden Pool;
14: Breath of Life (interpretada por Sheila Chandra);
15: The Hornburg;
16: Forth Eorlingas (interpretada por Ben Del Maestro);
17: Isengard Unleashed (interpretada por Elizabeth Fraser e Ben Del Maestro);
18: Samwise the Brave;
19: Gollum's Song" (interpretada por Emilíana Torrini, letras de Fran Walsh);
20: Farewell to Lórien (interpretada por Hilary Summers)
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A Montanha Mágica (p.163)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"(...) não o fazia por amor a essas forças, mas por causa da importância que elas tinham para o aperfeiçoamento moral dos homens, porque esse era o género de importância que lhe agradava conceder. Subjugando cada vez mais a Natureza, pelas comunicações que criava, pelo desenvolvimento das redes de estradas e telégrafos, triunfando das diferenças de clima, a mecânica apresentava-se como o meio mais seguro para aproximar os povos, para favorecer a sua compreensão recíproca, para estabelecer entre eles compromissos humanos, para destruir os preconceitos existentes, e finalmente, para construir a sua união universal. A raça humana tinha a sua origem na sombra, no medo e no ódio, mas avançava e subia por um caminho brilhante, rumo a um estado terminal de simpatia, claridade interior, bondade e felicidade; o veículo mais apropriado para transpor esse caminho era a mecânica. (...)" |
2014-08-10
Menina estás à janela
Com o teu cabelo à Lua
Vitorino Salomé do álbum Semear Salsa ao Reguinho (1975)
Mais uma noite de Lua Cheia,
Hoje com uma música portuguesa, Que se não é dedicada à Lua, Sem a Lua não era a mesma coisa... Menina estás à janela com o teu cabelo à lua não me vou daqui embora sem levar uma prenda tua Sem levar uma prenda tua sem levar uma prenda dela com o teu cabelo à lua menina estás à janela Os olhos requerem olhos e os corações corações e os meus requerem os teus em todas as ocasiões Menina estás à janela com o teu cabelo à lua não me vou daqui embora sem levar uma prenda tua Sem levar uma prenda tua sem levar uma prenda dela com o teu cabelo à lua menina estás à janela
11: Menina Estás à Janela;
Vitorino & Opus Ensemble; |
A Montanha Mágica (p.142)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"Essa criatura ridícula compreendera que, graças à sensibilidade de Hans Castorp relativa a portas fechadas com estrondo, se originara uma certa relação afectiva entre o seu jovem companheiro de mesa e a Russa, e sabia, além disso, que pouco importava o carácter de tal relação, contanto que ela existisse, e que a indiferença fingida de Hans Castorp - bastante mal fingida por falta de prática e de talento - não significava um enfraquecimento, senão um reforço dos laços, uma fase mais avançada dessa relação. (...)" |
2014-08-09
A Montanha Mágica (p.110-111)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"(...) Com respeito à natureza do tédio encontram-se frequentemente conceitos erróneos. Crê-se em geral que a novidade e o carácter interessante do seu conteúdo «fazem passar» o tempo, quer dizer, abreviam-no, ao passo que a monotonia e o vazio estorvam e retardam o seu curso. Mas não é absolutamente exacto. O vazio e a monotonia alargam por vezes o instante ou a hora e tornam-nos «aborrecidos»; porém, as grandes quantidades de tempo são por elas abreviadas e aceleradas, a ponto de se tornarem um quase nada. Um conteúdo rico e interessante é, pelo contrário, capaz de abreviar uma hora ou até mesmo o dia, mas, considerado sob o ponto de vista do conjunto, confere amplitude, peso e solidez ao curso do tempo, de tal maneira que os anos ricos em acontecimentos passam muito mais devagar do que aqueles outros, pobres e vazios, leves, que são varridos pelo vento e voam. Portanto, o que se chama tédio é, na realidade, antes uma simulação mórbida da brevidade do tempo, provocada pela monotonia: grandes lapsos de tempo quando o seu curso é de uma ininterrupta monotonia chegam a reduzir-se a tal ponto, que assustam mortalmente o coração; quando um dia é como todos, todos são como um só; e numa uniformidade perfeita, a mais longa vida seria sentida como brevíssima e decorreria num abrir e fechar de olhos. O hábito é uma sonolência, ou, pelo menos, um enfraquecimento do senso do tempo, e o facto dos anos de infância serem vividos vagarosamente, ao passo que a vida posterior se desenrola e foge cada vez mais depressa, esse facto também se baseia no hábito. Sabemos perfeitamente que a intercalação de mudanças de hábitos, ou da hábitos novos, constitui o único meio de manter a nossa vida, de refrescar a nossa sensação de tempo, de obter um rejuvenescimento, um reforço, um atraso da nossa experiência do tempo, e com isso, a revolução da nossa sensação da vida em geral. (...)" |
2014-08-08
The Big Dream
David Lynch The Big Dream (2013)
Hoje tenho para propor David Lynch - novamente?, não -, agora sem Angelo Badalamenti, e não como cineasta, mas com, dentro do seu muito multifacetado percurso, uma obra da sua carreira musical.
Uma descoberta feita nas sugestões do Youtube...
01: The Big Dream;
02: Star Dream Girl;
03: Last Call;
04: Cold Wind Blowin';
05: The Ballad of Hollis Brown;
06: Wishing Well;
07: Say It;
08: We Rolled Together;
09: Sun Can't Be Seen No More;
10: I Want You;
11: The Line It Curves;
12: Are You Sure;
13: I'm Waiting Here (interpretada por Lykke Li)
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A Montanha Mágica (p.106-107)
Thomas Mann Der Zauberberg (1924) (trad. Herbert Caro)
"(...) Um jovem de talento não é uma folha em branco, mas, pelo contrário uma folha sobre a qual já foi escrito tudo, com tinta simpática, por assim dizer, tanto o bem como o mal, e cumpre ao educador revelar o bem, mas apagar, mediante um reagente adequado, o mal que queria manifestar-se... (...)" |
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