Marguerite Yourcenar L'Oeuvre au Noir (1968) (trad. António Ramos Rosa, Luísa Neto Jorge e Manuel João Gomes)
"(...) Tendo em conta, mais por respeito do que por prudência, as opiniões do prior, mais uma vez aceitou partir de premissas sobre as quais, no seu foro íntimo, se teria recusado a edificar algo que fosse; pondo de parte as suas preocupações, obrigava-se a mostrar apenas uma das facetas do seu espírito, sempre a mesma, aquela que reflectia o seu amigo. Esta falsidade, inerente às relações humanas e tornada para ele como que uma segunda natureza, deixava-o perturbado, nesse livre comércio entre dois homens desinteressados. (...)"
|
2015-03-07
A Obra ao Negro (p.156)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário