Marguerite Yourcenar L'Oeuvre au Noir (1968) (trad. António Ramos Rosa, Luísa Neto Jorge e Manuel João Gomes)
"(...) A verdade, a ser dita, iria provocar confusão geral. Pouco a distinguia da mentira. Quando ele falava verdade, algo de falso estava incluso: nunca ele abjurara nem da religião cristã, nem da fé católica, mas por certo tê-lo-ia feito, com a consciência em paz, se alguma vez tivesse sido necessário, (...)
Se, por outro lado, as suas negações não passavam literalmente de mentiras, (...), também a pura verdade nem por isso deixava de mentir. (...) ninguém, de entre esse bando de furiosos, era capaz de compreender a sua fria devoção de médico. (...)" |
2015-03-13
A Obra ao Negro (p.233)
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