2015-07-26

D. Quixote de la Mancha (vol.I, p.182)

Miguel de Cervantes Saavedra
D. Quixote de la Mancha (1605)
(trad. Aquilino Ribeiro)


"- (...) um homem não é mais que outro se não faz mais que outro. Todas estas trabuzanas que nos acontecem são sinais de que prestes há-de serenar o tempo e as coisas hão-de correr ao nosso paladar. Não há bem que não acabe, nem mal que dure toda a vida. Bastante tem durado a adversidade; é tempo que chegue a ventura. Anima-te, e não tens que te amofinar com as desgraças que me sucedem, uma vez que te não tocam pela porta.
- Não me tocam pela porta!? - exclamou Sancho de salto. - Então quem mantearam ontem não foi o filho de meu pai? E a quem roubaram os alforges, senão ao mesmo grande filho da mãe!?"

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