2015-07-19

D. Quixote de la Mancha (vol.I, p.99)

Miguel de Cervantes Saavedra
D. Quixote de la Mancha (1605)
(trad. Aquilino Ribeiro)


"(...) Com efeito, quando devia e tinha por obrigação dilatar-se em louvores a tão estrénuo cavaleiro parece que de propósito deliberado passa adiante, boca calada. Por nossa parte, não podemos dissimular a reprovação que nos merece tal processo, pois que é dever dos historiadores serem pontuais, verdadeiros, e isentos de paixão, sem que interesses, temor, ódio ou afeição façam torcer caminho para fora da recta verdade, cuja mãe é a história, émula do tempo, depósito das acções, testemunha do pretérito, exemplo e aviso do presente, ensino do porvir. (...)"

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