António Gedeão Obra Poética [Poemas Póstumos] (1983-2001)
"Poema das coisas belas
As coisas belas, as que deixam cicatrizes na memória dos homens, por que motivo serão belas? E belas, para quê? Põe-se o Sol porque o seu movimento é relativo. Derrama cores porque os meus olhos vêem. Mas por que será belo o pôr do sol? E belo, para quê? Se acaso as coisas não são coisas em si mesmas, mas só são coisas quando percebidas, por que direi das coisas que são belas? E belas, para quê? Se acaso as coisas forem coisas em si mesmas sem precisarem de ser coisas percebidas, para quem serão belas essas coisas? E belas, para quê?" |
2015-07-05
Obra Poética (p.159)
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