2015-09-04

D. Quixote de la Mancha (vol.II, p.81-82)

Miguel de Cervantes Saavedra
D. Quixote de la Mancha (1605)
(trad. Aquilino Ribeiro)


"(...) teve medo que não acreditassem. A dita confita, em despeito das apreensões que lhe tolhiam a pena, lá se decidiu a contar as coisas, tais como se passaram, sem tirar nem pôr um chisgaravis à verdade, é certo que estando-se ninando também que o acoimassem de trapaceiro. E bem andou porque o fio da verdade por mais que se adelgace não quebra e ela é a tal droga que sobrenada ao de cima da mentira como o azeite da água."

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