2015-08-06

D. Quixote de la Mancha (vol.I, p.367)

Miguel de Cervantes Saavedra
D. Quixote de la Mancha (1605)
(trad. Aquilino Ribeiro)


"(...) Os amigos verdadeiros hão-de pôr-se à prova usque ad aras, como disse um poeta, quer dizer que não se lhes deve exigir da dedicação nada que vá contra os preceitos eternos. Se assim o entendeu um gentio no que concerne a amizade, quanto mais o não há-de sentir um cristão que tem obrigação de saber que não deve por nenhum respeito humano perder o respeito divino? E quando o amigo fosse tão imprudente que esquecesse os seus deveres religiosos para valer ao amigo, não havia de ser por coisas fúteis e de importância transitória, mas por aquelas em tivesse empenhada honra e vida. (...)"

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