2015-08-26

D. Quixote de la Mancha (vol.II, p.38-39)

Miguel de Cervantes Saavedra
D. Quixote de la Mancha (1605)
(trad. Aquilino Ribeiro)


"(...) Os historiadores que se permitem mentir deviam ser queimados como os que fazem moeda falsa. (...) para compor um livro, de histórias ou de qualquer género que seja, requer-se madureza de entendimento e segurança de critério. Falar ou escrever com chiste e a sua graça é particular aos grandes engenhos. A figura mais discreta da comédia é a do parvo, porque não há-de ser tolo nem simples para inculcar-se como tal. A história é como que uma coisa sagrada, visto que há-de ser verdadeira, e onde se encontra verdade encontra-se Deus. Não obstante, há quem faça e dê a lume livros como se fossem filhoses."

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