2015-08-21

D. Quixote de la Mancha (vol.I, p.568)

Miguel de Cervantes Saavedra
D. Quixote de la Mancha (1605)
(trad. Aquilino Ribeiro)


"- Não é o mel para a boca do asno: ao seu tempo o verás, mulher, e hás-de ficar banzada quando os vassalos te derem senhoria.
- Que estás tu para aí a alanzoar de senhorias, ilhas e vassalos? - tornou Joana Pança, que assim se chamava a mulher de Sancho, não por serem parentes, mas porque é costume na Mancha tomarem as mulheres os cognomes dos maridos.
- Não te tisiques a querer saber tudo do pé para a mão. Acredita no que te digo e dá ao diabo o que sabes. Só te quero dizer de passagem que não há ofício mais regalado no mundo que ser um homem honrado escudeiro de cavaleiro andante que larga pelo mundo à cata de aventuras. (...)"

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