2015-08-12

D. Quixote de la Mancha (vol.I, p.413)

Miguel de Cervantes Saavedra
D. Quixote de la Mancha (1605)
(trad. Aquilino Ribeiro)


"(...) O senhor quis que eu fosse sua e qui-lo de maneira que, embora agora apeteça o contrário, já não é possível que deixe de ser meu. Repare, meu senhor, que o apego que lhe tenho pode compensar a lindeza e a fidalguia pelas quais quer deixar-me. Repare que já não pode ser da formosa Lucinda, porque é meu, nem ela pode ser sua, porque é de Cardénio. E mais fácil lhe será - se não, pense bem - obrigar a sua vontade a amar a quem o ama, do que encaminhar a que o queira a mulher que o detesta. (...)"

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