Luigi Pirandello Uno, Nessuno e Centomila (1926) (trad. Maria Jorge Vilar de Figueiredo)
"(...) Estava só. Estava só, no mundo inteiro. Só, para mim mesmo. E no instante preciso do arrepio que agora me fazia estremecer até à raiz dos cabelos, sentia a eternidade e o gelo dessa solidão infinita.
A quem dizer «eu»? O que queria dizer esse «eu», se para os outros tinha um sentido e um valor que não podiam ser os meus, e para mim, tão fora dos outros, assumir um sentido e um valor transformava-se, de súbito, no horror deste vazio e desta solidão?" |
2015-02-02
Um, Nenhum e Cem Mil (p.122)
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